O Ministério da Saúde vai oferecer o medicamento rivastigmina pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas com Parkinson e demência, ampliando o tratamento dessas doenças na rede pública. O anúncio ocorreu na quinta-feira (28), durante a 11ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), onde foi pactuada a responsabilidade do financiamento e aquisição do medicamento já ofertado no SUS.
A ação, além de ampliar as linhas de tratamento das doenças, representa uma oportunidade de o paciente viver com qualidade. O medicamento melhora a função cognitiva dos pacientes que vivem com essas enfermidades. Ao todo poderão ser beneficiados com a medida mais de 33 mil pacientes em todo o país.
O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, sendo menos frequente apenas do que a doença de Alzheimer – condição que já conta com a rivastigmina na rede pública de saúde. Dados do relatório avaliado pela Conitec revelam que há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos, e essa quantidade aumenta significativamente depois dos 60 anos de idade.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson, os principais objetivos do tratamento são deter a progressão da doença e diminuir os sintomas. A rivastigmina, recentemente incorporada, é indicada para pacientes com demência associada, mas o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos, implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson.
A rivastigmina é um avanço significativo no cuidado dessas condições, pois ajuda a controlar sintomas, preservando funções cognitivas e melhorando a qualidade de vida de quem enfrenta esses desafios. Para pacientes com demência associada ao Parkinson, o medicamento pode fazer a diferença ao proporcionar maior independência e conforto nas atividades do dia a dia.
Essa conquista vai além do acesso ao medicamento. É um reflexo do compromisso do SUS em cuidar das pessoas com condições complexas e muitas vezes negligenciadas.