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domingo, 30 de março de 2025
Taquaritinga

Região: mecânico acusado de descumprir medida protetiva é baleado e morto pela PM

26 Mar 2025 - 16h39Por Da redação
Victor Fabiano Forcel - Crédito: arquivo pessoalVictor Fabiano Forcel - Crédito: arquivo pessoal

Um mecânico de 28 anos, identificado como Victor Fabiano Forcel, morreu na última terça-feira (25) após ser baleado por um policial militar dentro de sua residência, no bairro Vale do Sol, em Taquaritinga. A abordagem ocorreu devido a um suposto descumprimento de medida protetiva.

De acordo com o boletim de ocorrência, a ex-noiva de Victor, que está grávida dele, acionou a PM alegando que ele a teria agredido e danificado o carro de sua mãe em um supermercado. Com base na existência da medida protetiva, os policiais consideraram a situação um flagrante e seguiram até a residência do mecânico, que fugiu ao perceber a chegada da equipe.

Ainda conforme o relatório policial, ao ser abordado dentro de casa, Victor teria arremessado sua moto contra um policial, o agredido com socos e ameaçado atacá-lo com uma tesoura. Em resposta, o soldado efetuou um disparo que atingiu o jovem no peito.

Victor foi socorrido para a UPA, mas não resistiu aos ferimentos. O policial também ficou ferido no braço, recebeu atendimento médico e foi liberado. A Perícia esteve no local e o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara.

A versão do soldado foi confirmada pelo delegado Fabio Abib Calazans, que registrou o caso como morte decorrente de intervenção policial, considerando a ação como legítima defesa. A Polícia Civil de Taquaritinga segue investigando o caso, que também deve ser acompanhado por um advogado da família da vítima.

Versão da Família

Em nota, a família de Victor contesta a versão oficial e alega que ele foi executado dentro de casa, sem mandado judicial e na presença dos pais.

“Victor foi brutalmente assassinado dentro de sua residência, sem qualquer flagrante delito. Os policiais invadiram sua casa e atiraram à queima-roupa, sem justificativa plausível”, afirma o comunicado.

A família também critica a ausência de câmeras corporais nos policiais envolvidos, alegando que isso compromete a transparência na apuração dos fatos.

“Essa tragédia poderia ter sido evitada. O Estado falhou em garantir a vida de um cidadão e vamos buscar justiça”, conclui a nota, assinada pelos pais do mecânico.

A ex-noiva da vítima relatou ainda que, momentos antes do confronto, Victor teria invadido sua casa, danificado o quarto do bebê que esperam e cortado a câmera de segurança. Ela informou que pretende solicitar nova medida protetiva, desta vez contra a madrasta dele.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Colaborou Flávio Fernandes 

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