O corpo de Claudia Regina Rocha Lobo, que estava desaparecida desde 6 de agosto, foi encontrado queimado em uma área rural de Bauru. Claudia, funcionária da APAE local, teria sido assassinada pelo presidente da instituição, de acordo com a Polícia Civil.
A motivação para o crime seria um desfalque financeiro na APAE, diretamente associado ao presidente. O acusado, de 36 anos, foi preso temporariamente após um vídeo contradizer sua primeira versão de que não havia estado com Claudia no dia em que ela desapareceu. A prisão ocorreu nove dias após o desaparecimento.
Em seu primeiro depoimento, o homem indicou à polícia o local onde teria incinerado o corpo de Claudia, admitindo ter queimado o cadáver junto a documentos e materiais inservíveis em uma área rural no bairro Pousada da Esperança. No entanto, no quarto dia de sua prisão e sob orientação de sua defesa, ele mudou sua versão e negou a autoria do crime.
A investigação da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) revelou que a geolocalização e a movimentação do celular do acusado coincidiam com o endereço da chácara onde foram encontrados apenas fragmentos de ossos da vítima. Câmeras de segurança mostraram Claudia e presidente juntos em um carro, que, segundo a polícia, foi usado para transportar o corpo após o assassinato com um tiro. Um laudo pericial confirmou que a munição encontrada no veículo pertencia à pistola calibre 380 do presidente da APAE.
Além disso, a Deic confirmou a participação de um segundo funcionário da APAE no crime. Esse colaborador indicou o local da incineração do corpo e confirmou que foi obrigado a ajudar a descatar e incendiar o corpo, sob ameaças do presidente.
A Polícia Civil ainda não forneceu detalhes sobre o rombo financeiro na APAE, mas indicou que o desvio estava diretamente ligado ao presidente.