
A cidade de Araraquara está em luto com a perda da jovem Isadora SantaRosa Carbone, de apenas 12 anos. A morte encefálica da menina foi confirmada na manhã desta sexta-feira (14), após ela sofrer um aneurisma cerebral. A tragédia mobilizou amigos, familiares e moradores, que se reuniram na noite de quinta-feira (13) em uma corrente de oração em frente ao Hospital São Paulo.
Ainda em choque, os pais da menina, Júlio César Carbone e Cíntia Carbone, compartilharam os últimos momentos vividos com a filha, que sempre foi saudável, cheia de sonhos e alegria.
"Ela era saudável, alegre, maravilhosa. Nunca reclamou de nada, nunca teve dor de cabeça. Saiu para a escola em um dia normal e, de repente, isso aconteceu", lamentou a mãe, Cíntia.
O drama da família começou na quarta-feira (12), quando Isadora passou mal na Escola João Manoel do Amaral. O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente e a levou ao Hospital São Paulo, onde ficou internada na UTI até a confirmação da morte encefálica.
O pai da menina recorda com carinho o último momento em que a viu antes da tragédia.
"Saímos de casa, fomos para o carro, oramos juntos. Chegamos à escola e ela saiu sorrindo. Me despedi dizendo: 'Amo vocês, boa aula'. E ela nunca mais voltou", contou emocionado.
Isadora era conhecida por sua humildade e generosidade. Desde cedo, tinha o sonho de ser veterinária e queria viajar para Paris.
"Ela amava ser coroinha na igreja. Sonhava em ser veterinária e conhecer Paris. Já fazíamos planos para isso. Mas minha filha nunca ligou para bens materiais, nunca pediu nada. Eu fazia tudo por ela, mas não deu tempo", desabafou a mãe.
Desde que Isadora foi internada, uma rede de apoio se formou para dar suporte à família. Amigos, parentes e até desconhecidos se uniram para oferecer conforto.
"Recebemos muito apoio. A equipe do hospital fez de tudo. Meus amigos da escola, os médicos, enfermeiros, todos estavam ao nosso lado. Somos imensamente gratos por cada oração", disse Cíntia.
O pai também destacou que até uma transferência para hospitais de referência foi cogitada.
"Minha empresa disponibilizou tudo, até helicóptero, para levá-la ao Albert Einstein, se fosse possível. Todos tentaram ajudar, e sou muito grato pelo apoio", finalizou Júlio César.