
Os corpos do casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61, serão velados e sepultados nesta terça-feira (8), em Araraquara, cidade onde viviam e mantinham fortes vínculos com a comunidade. O casal foi brutalmente assassinado a tiros na área rural de São Pedro, a cerca de 122 km da Morada do Sol.
A despedida está marcada para as 12h no memorial da Funerária Fonteri, e o sepultamento ocorrerá às 16h no Cemitério São Bento.
O caso gerou grande comoção na cidade e em toda a região, principalmente pela figura de Rosana, que era diretora e fundadora do tradicional Educandário da Criança, escola com 27 anos de história, localizada na Avenida José Bonifácio, no bairro Santana. Em respeito ao luto, as aulas na unidade foram suspensas por dois dias.
Em nota, a escola lamentou profundamente a perda:
“É com muita tristeza que comunicamos o falecimento da diretora Rosana Ferrari. A equipe Educandário dará continuidade ao trabalho impecável que sempre realizamos. Nossas crianças continuarão sendo cuidadas e educadas com o carinho de sempre.”
Crime cruel
Segundo o boletim de ocorrência, os corpos foram encontrados por volta das 18h30 de domingo (6), por um comerciante de 28 anos e um idoso de 62, que estranharam a movimentação na chácara onde o casal costumava passar os fins de semana.
A Fiat Toro da escola foi avistada com o corpo de José Eduardo no banco dianteiro, com as mãos amarradas. Já o corpo de Rosana estava na caçamba do veículo. Ambos apresentavam ferimentos causados por arma de fogo. A perícia apontou que José foi atingido por dois tiros no peito e Rosana por um disparo no tórax, do lado esquerdo.
A rigidez cadavérica indicou que o crime ocorreu horas antes da descoberta. Documentos e celulares do casal não foram encontrados no local, o que reforça a hipótese de latrocínio, embora a polícia ainda trate o caso como duplo homicídio.
Investigação sob sigilo
O imóvel foi periciado e, de acordo com a Polícia Civil, nada de valor aparente foi levado da residência. A Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba investiga o caso, que segue em sigilo absoluto.
A ausência dos celulares pode ter sido uma tentativa dos criminosos de dificultar o rastreamento e retardar a identificação dos suspeitos.
A polícia faz um apelo à população: qualquer informação pode ser repassada de forma anônima pelo Disque Denúncia 181 ou pelo 190 da Polícia Militar. O sigilo é garantido.