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segunda, 31 de março de 2025
Polêmica

Larissa Camargo repudia declarações racistas de presidente da Conmebol

Vereadora apresentou Moção de Repúdio contra Alejandro Dominguez pelas suas declarações e pela falta de postura de combate ao racismo por parte da entidade que administra o futebol na América do Sul

27 Mar 2025 - 17h00Por Da redação
A vereadora Larissa Camargo: "Vamos manifestar nossa solidariedade ao jogador Luighi e a todos os atletas e torcedores que já foram vítimas de racismo. Reforçamos a necessidade de implementação de ações educativas antirracistas e de punições exemplares ao - Crédito: Arquivo A vereadora Larissa Camargo: "Vamos manifestar nossa solidariedade ao jogador Luighi e a todos os atletas e torcedores que já foram vítimas de racismo. Reforçamos a necessidade de implementação de ações educativas antirracistas e de punições exemplares ao - Crédito: Arquivo

A vereadora Larissa Camargo (PC do B) protocolou nesta quinta-feira, 27 de março, na Câmara Municipal de São Carlos, uma Moção de Repúdio à Conmebol pela falta de medidas efetivas no combate ao racismo e pelas declarações do seu presidente Alejandro Domínguez. 

Larissa afirma que o racismo no esporte é uma prática criminosa e deve ser combatido com rigor, garantindo a dignidade e os direitos fundamentais de atletas, torcedores e de toda a sociedade.  “As Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) tem cometido reiteradas falhas em adotar medidas eficazes para prevenir e coibir atos racistas em competições organizadas pela entidade, bem como a ausência de punições exemplares aos responsáveis por tais práticas”, destaca ela.  
A parlamentar também destaca que as declarações do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que, em entrevista à imprensa após a cerimônia de sorteio da fase de grupos dos torneios promovidos pela entidade, fez uma comparação infeliz ao afirmar que uma Taça Libertadores sem a participação de times brasileiros "seria como Tarzan sem Chita", reproduz estereótipos racistas e reforçando a banalização da discriminação racial.
“Tivemos o recente episódio de racismo ocorrido no início deste mês, em que o jogador Luighi, do Palmeiras, foi alvo de insultos racistas por parte de torcedores paraguaios durante uma partida da Libertadores Sub-20, com imitações de macacos cada vez que o atleta tocava na bola”, relata Larissa. 
Para ela, tais práticas e declarações são incompatíveis com os valores de igualdade, respeito e diversidade que o esporte deve promover, sendo inadmissível que a principal entidade do futebol sul-americano adote uma postura leniente diante de atos racistas. 

“O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu nota pública afirmando que a Conmebol ‘falha reiteradamente’ no combate ao racismo no esporte e cobrando medidas concretas para coibir e reprimir tais atos, além de exigir a promoção de políticas de igualdade racial e a ampliação do acesso de grupos vulneráveis ao esporte”, ressalta ela. 
O documento, depois de discutido e aprovado em plenário pela Casa de Leis na sessãod a próxima terça-feira, 1 de abril, deve ser encaminhada à Conbebol, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil e ao clube Sociedade Esportiva Palmeiras. “Vamos manifestar nossa solidariedade ao jogador Luighi e a todos os atletas e torcedores que já foram vítimas de racismo. Reforçamos a necessidade de implementação de ações educativas antirracistas e de punições exemplares aos envolvidos, visando a construção de um ambiente esportivo mais justo, igualitário e livre de discriminação racial”, conclui a parlamentar do PC do B. 

 

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