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segunda, 31 de março de 2025
"Dominado pela esquerda"

Guerreiro diz para prefeito Netto não ceder à pressão do Sindspam

A proposta da prefeitura prevê aumento acima da inflação, mas sindicalistas da CUT rejeitam, alegando que o percentual é insuficiente.

26 Mar 2025 - 13h24Por Assessoria de Imprensa
Guerreiro diz para prefeito Netto não ceder à pressão do Sindspam - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Em uma live por rede social, o vereador Leandro Guerreiro (PL) se manifestou de forma contundente contra o Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais de São Carlos (Sindspam), que rejeitou a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Executivo. A prefeitura ofereceu 6,56% de aumento nos salários e 19% no vale-alimentação. "O prefeito propôs um aumento acima da inflação, garantindo o poder de compra dos servidores”, detalhou o parlamentar. “O atual sindicato é dominado por militantes de esquerda, que só desejam inflamar a categoria e criar instabilidade no governo”, enfatizou.

Na avaliação do camarista, essa rejeição é uma manifestação política, pois o sindicato é controlado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), organização historicamente ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Eles não aceitam o resultado da última eleição e buscam criar um clima de insatisfação entre os servidores públicos municipais”, observou. “O Sindspam está colocando uma faca no pescoço do prefeito Netto Donato”, lamentou.

Caso aconteça alguma manifestação de greve, Guerreiro apontou que a população de São Carlos e o próprio funcionalismo municipal sentirão os impactos dessa triste movimentação. “Os servidores ficarão mais queimados com o povo, pois terão a prova cabal de que os sindicalistas só estão preocupados com o bolso deles e com a meta de jogar o povo contra o governo”, analisou o parlamentar do PL. “O Netto não é um ‘bunda mole’ e não cederá a esta pressão oportunista”, complementou.

Outro ponto levantado pelo edil é a questão do limite prudencial, que estabelece um teto para os gastos com a folha de pagamento. De acordo com a legislação, a prefeitura não pode ultrapassar 51% da receita municipal com salários e benefícios dos servidores. Atualmente, São Carlos já estaria operando com 48,5%, segundo dados do secretário municipal de Fazenda, Mário Antunes. "O prefeito não pode simplesmente dar 10%, 12% ou 15% de reajuste porque existe uma lei que limita esses gastos”, explicou.

Gestões anteriores

O vereador também destacou que a política de reajuste adotada pela atual administração segue o modelo do ex-prefeito Airton Garcia, que sempre concedeu aumentos superiores à inflação. No entanto, segundo ele, o Sindspam teria aceitado sem maiores resistências as propostas concedidas naquela época, enquanto agora estaria adotando uma postura mais agressiva contra o atual prefeito. "Se fosse o Airton, eles teriam aceitado sem questionar, mas com o Netto resolveram criar caso”, disparou. “Isso não é negociação séria, é pura politicagem”, denunciou.

Guerreiro fez questão de diferenciar os servidores que, segundo ele, apenas cumprem suas funções daqueles que estariam sendo manipulados pelo sindicato. Ele acredita que a maioria da categoria está sendo usada como "massa de manobra" para atender aos interesses políticos da diretoria do Sindspam. "Existe muito servidor que só deseja trabalhar e atender muito bem a população, mas a CUT quer puxar todo mundo para uma paralisação”, criticou. “Se o Sindspam conseguir uma greve, que faça, mas o povo já sabe quem está do lado da cidade e quem quer apenas fazer barulho”, concluiu.

Proposta na mesa

A prefeitura de São Carlos apresentou um reajuste de 6,56% para os servidores públicos municipais, sendo 5,06% correspondentes à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 1,5% de aumento real. Além disso, o vale-alimentação, que atualmente é de R$ 1.005,00, subiria para R$ 1.200,00, um acréscimo de 19%. Outra mudança seria a redução da contribuição dos servidores para a cesta básica:

  • Faixa salarial I: Redução mantida em 5%
  • Faixa salarial II: Redução de 20% para 15%
  • Faixa salarial III: Redução de 60% para 40%

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