Ativistas do grupo ProAnimal, do Coletivo São Carlos Sem Rodeio e Protetoras Animais Independentes fizeram um protesto na sessão da Câmara Municipal nesta terça-feira (27). Durante a sessão o movimento criticou a Prefeitura em culpar o incidente do evento "Top Três Tambores e Top Ranch" à dupla Bruno e Barreto.
No discurso, os manifestantes questionaram o desrespeito ao artigo 12, inciso VII da Lei 18.059/2016 (Código de Proteção Animal de São Carlos), que dispõe sobre a proibição do uso de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos em eventos com a presença de animais.
“Durante a realização do evento vários cavalos saíram do recinto assustados em virtude dos fogos de artifícios utilizados durante a apresentação da dupla Bruno e Barreto, ocasionando no pisoteamento do guarda municipal Paulo Fajardo, que atuava fiscalizando o evento, e que acabou sofrendo ferimentos graves. O saldo final do evento, para além do servidor público hospitalizado, resultou na possível morte de ao menos dois cavalos, que está sob investigação, além de prejuízos aos motoristas que transitavam pela pista durante o ocorrido”, afirmou a militante Aline em seu discurso na tribuna do Legislativo.
A ativista argumentou que “a indignação do movimento é a ausência de fiscalização por parte do Poder Público Municipal, que abre precedentes para práticas que geram crueldade animal e danos a diversos segmentos da sociedade, dentre os quais, pessoas com deficiência (autistas), pessoas idosas e vulneráveis por motivos de saúde.
“A postura da Prefeitura em transferir a culpa pelos incidentes à dupla contratada demonstra uma atitude irresponsável, já que a proibição dos fogos deveria ser averiguada antes e durante a realização do evento e constar no contrato que foi divulgado nas redes sociais da dupla Bruno e Barreto”, ressaltou Aline.
Ademais, a manifestante afirmou que as entidades não iriam tolerar que a vida dos animais seja um espetáculo de sofrimento.