O engenheiro eletrônico Jorge Luis Nery, responsável pelo setor de pesquisa de campo do Instituto de Astronomia e Pesquisa Espacial (Inape), que acompanhou o caso de Riolândia há alguns dias, acredita que, pelas imagens e dados informados pela reportagem, o fenômeno de Araraquara é semelhante a outros registrados em várias cidades paulistas nos últimos dias. “Com certeza não foram fatores climáticos porque no fundo tinha um coqueiro inteiro e, coincidentemente, lá em Riolândia havia uma palmeira bem parecida”, diz.Nery afirma que as características da cana deitada, do ambiente e dos detalhes mostrados nas imagens são muito semelhantes a outros registros. Nos últimos 30 dias, segundo ele, além de Araraquara, foram relatadas imagens de Óvnis ou de cana amassada em Riolândia, Limeira, Ribeirão Preto e Sudanópolis, na região de Araçatuba. “Os circulos sempre ovais tem tamanhos variados que vão de oito a quase 200 metros.”As imagens feitas pelo jornal Tribuna Impressa, parceiro deste jornal serão anexadas em um relatório que vem sendo finalizado pelo Inape e outras entidades para ser entregue ao Ministério da Aeronáutica. A intenção é ter um monitoramento do espaço aéreo nacional buscando mapear os pontos mais conhecidos de relatos. “Isso está nos deixando preocupados, por isso vamos nos reunir com a Aeronáutica para tratar do assunto”, adianta Nery.O efeito sobre a cana, segundo ele, imaginando que fosse realmente uma nave espacial, o fato de ela estar deitada acredita-se que a nave apenas pairou em cima do canavial e não chegou a pousar. Ele avisa aos curiosos que não adianta olhar em direção as estrelas para enxergar um objeto luminoso. Neste caso, é preciso olhar na linha do horizonte. “Eles estão muito mais próximos do que imaginamos”, avisa o estudioso em ufologia.