Continua preso o homem apontado como o assassino da jovem Iasmin Smargiase Domingues. Ela tinha 28 anos quando foi encontrada morta, parcialmente carbonizada na casa que morava, no dia 18 de agosto, no jardim Zavaglia. O suspeito é vizinho da vítima.
O delegado Gilberto de Aquino, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), convocou a imprensa na tarde de hoje para dar detalhes sobre as investigações.
Segundo Aquino, inicialmente o homem tentou enganar os policiais se passando por testemunha, apontando o ex-namorado de Iasmin como o autor do crime, mas ele se encontra preso.
Ainda durante as investigações a equipe da DIG encontrou controvérsias nos relatos do vizinho e recebeu informações que ele estaria vendendo objetos que foram subtraídos da casa da vítima e queimando outros no quintal de casa.
“Nós chegamos na casa e ele estava realmente queimando alguns objetos no fundo da casa. Realizamos um pedido de mandado de busca e apreensão. Essas buscas foram concedidas pela Justiça e nos apreendemos aparelhos celulares, encaminhamos para a equipe de perícia e ele [vizinho] foi preso temporariamente”, informou o delegado.
Aquino contou que havia um equipamento DVR que fazia a gravação de câmeras de segurança na casa da vítima, que poderia trazer as imagens do crime, entretanto alguém havia tentado alterar o equipamento, danificando a placa, porém algumas imagens foram recuperadas e mostram os últimos momentos da vítima, inclusive a invasão do autor. “Ele invade a residência, ganha o quintal da casa e a partir dai a câmera é desligada, ou seja, ele entrou na casa, provavelmente após render a vítima, mexeu nas câmeras para que não gravasse mais”.
Em seu depoimento, a avó da vítima informou que perdeu contato com a neta por volta das 23h do dia crime. O horário coincide com o momento que o acusado invadiu a residência.
Ainda segundo o delegado Gilberto de Aquino, há provas robustas que colocam o vizinho na cena do crime, por isso o indiciou o acusado pelo crime de latrocínio, quando se mata para roubar. Desta forma o vizinho deve permanecer preso preventivamente até o pronunciamento da Justiça. O advogado de defesa nega qualquer participação dele no crime.