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Artigo Edgard Andreazi: A ansiedade nossa de cada dia

16 MAI 2017 • POR (*) Edgard Andreazi • 06h29
Foto: Divulgação

Sem a pretensão de criar diagnóstico em relação aos medos que cada um de nós enfrentamos, seja em um dia específico, em um período da vida, uma fase ou um momento sócio-político qualquer. A realidade é que todos nós estamos sujeitos a isso. Fragilidade que atinge a cada um com diferente intensidade. Deve haver muita gente imune a esta enfermidade, mas a grande maioria é sensível a essa violação, que igual as gripes e resfriados aparecem de uma hora para a outra, no entanto, parece ainda não ter vacina, mas tem.

Na realidade sabemos o que nos causa esse problema. Certamente são os acúmulos a que nos sujeitamos todo o tempo. Temos mais de uma atividade profissional, nossas jornadas de trabalho ultrapassam bastante os limites estabelecidos de oito horas diárias, as semanas nunca começam na segunda e nem mesmo terminam no domingo, a quantidade de férias que tiramos na vida podem ser contadas nos dedos das mãos. Chega uma hora que a gente tropeça e o copinho transborda. Reequilibrar os fluídos as vezes demora um pouco e só com a estabilidade do nosso conteúdo é que podemos conseguir transmitir a limpidez da nossa essência.

Nem sempre é necessário o tropeção para que haja o desequilíbrio, o acumulo das coisas que jogamos dentro do recipiente de forma desordenada, quase sem nenhum critério, por si, causam a desorganização generalizada.

Os exageros igualmente provocam desequilíbrio. Quase sempre o diagnóstico é tardio, não que seja irreversível, mas pode ter provocado danos que irão demorar mais a ser recuperados.

O resultado desta desorientação orbital é a improdutividade, a postergação dos resultados desejados, o desperdício de recursos no mal aproveitamento de tempo, o desgaste profissional e pessoal.

Precisamos nos esforçar para não perder o rumo das coisas. Não é fácil manter todos os pratos girando ao mesmo tempo, mas se não houver o empenho, bem distribuído, alguns poderão cair, não raramente os mais valiosos.

A difícil arte do equilíbrio deve ser uma das matérias de aprendizado a que estamos sujeitos nesta vida. Não importa qual a fase que estamos passando, deve sempre existir harmonia em tudo que fazemos.

Mas onde encontrar este equilíbrio? Talvez possa ser mais fácil do que se imagina.

Se entendermos que a turbulência surge dentro de cada um de nós, visto não se tratar de uma enfermidade contagiosa, não transmitida pelo contato, o antídoto, a vacina, sem dúvida, deve estar também dentro da gente. Cada indivíduo com a quantidade certa, a dose necessária para combater o mal, se fazendo necessário apenas que se aplique corretamente o medicamento.

Pode ser que a receita esteja descrita como a caligrafia comum aos profissionais da saúde, difícil de entender, mas com a ajuda de um bom atendente podemos interpretar melhor o receituário.

Existem duas particularidades neste medicamento. Não existe genérico e as doses podem ministradas em frações de horas diferentes à cada paciente.

Mas uma coisa é obrigatória. Deve-se agitar bem a embalagem.

As informações acima são de total responsabilidade do autor.

O autor, 52 anos, é Empresário de Contabilidade, Graduado pelo Centro Universitário Claretiano, Pós-graduado em Administração Pública Municipal pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Unirio.

e-mail - edgard@andreazimoreira.com.br

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