18 FEV 2008 • POR Redação São Carlos Agora • 18h53
Um circulo oval de aproximadamente 15 metros de largura por 30 de comprimento apareceu em meio a uma pequeno eito de cana-de-açúcar dentro de uma chácara em meio ao loteamento Cociza, uma área de propriedades de recreio entre a Rodovia Nelson Barbieri Neto e a fábrica de meias Lupa, na zona rural de Araraquara. O fenômeno parecido com o registrado no filme “Sinais” está intrigando os moradores que afirmam que a clareira foi aberta entre a noite de sexta-feira e a madrugada do último sábado. Causas naturais já foram descartas por um especialista.“Passei por lá durante a noite e não vi nada, mas quando fui levar meu filho na manhã de sábado vi uma abertura na cana e achei aquilo lá”, diz o fundidor de alumínio Carlos Alberto Bezerra, de 38 anos, que mora quase em frente ao local. Ele acha estranho a clareira, mas afirma que não ouviu nenhum barulho e também não escutou os cães latirem. “Se passa alguém próximo eles latem acho difícil eles não terem reparado se fosse um nave”, destaca o morador considerando a abertura, no mínimo, estranha.No sábado pela manhã, segundo Bezerra, a cana estava toda deitada e parecia um tapete. “Dava para andar facilmente por ela.” Ontem, as pontas da cana já estavam subindo e um fato inusitado é que a plantação não foi cortada. Amélio Bianchini, 69, que arrendou a chácara para o plantio de cana para vendê-la para o uso de garapa ou caldo de cana diz que achou estranho o episódio. “Eu pensei que poderia ter sido o vento”, afirma o Bianchini que trabalha na colheita desde os 14 anos de idade. “Já vi muita coisa estranha, mas nunca desse jeito ai.”Ontem, a Tribuna esteve no local e encontrou alguns pontos estranhos em uma avaliação inicial. A cana estava toda deitada em um único sentido e formava uma espécie de circulo com paredes formadas pela própria cana. Ao lado, existe uma mangueira, uma árvore com flores, uma bananeira e folhas secas no chão que não saíram do lugar. Vento estaria descartado. “Não tivemos registro de nenhum tornado ou vento forte na região”, garante Alexandre Pomponi, representante da Defesa Civil. No Aeroporto Municipal, inclusive, na madrugada de sábado o pico de vento foi às 3 horas com seis nós, equivalente a 10 km/h.Outros moradores próximos também ficaram intrigados com o caso. Ao contrário do colega que achou a clareira, o pedreiro Luiz Eduardo Gomes, 41, conta que ouviu os cachorros latirem na madrugada do último sábado, mas verificou dentro da propriedade e não viu ninguém. “Acho que pode ter sido um helicóptero”, desconfia. A dona da chácara, Andréia Cristina Fernandes, 25, desconhecia o ocorrido. “Temos a chácara há uns 27 anos e nunca achei que pudesse acontecer isso ai”, conta a jovem.O engenheiro eletrônico Jorge Luis Nery, responsável pelo setor de pesquisa de campo do Instituto de Astronomia e Pesquisa Espacial (Inape), que acompanhou o caso de Riolândia, há alguns dias, acredita que pelos dados informados pela reportagem o fenômeno de Araraquara é semelhante a outros registrados em várias cidades paulistas nos últimos dias. Ele ficou de analisar as imagens feitas para tentar traçar um perfil. “Isso está nos deixando preocupados por isso vamos nos reunir com a Aeronáutica para tratar do assunto.”