Cidade

Newton recepciona imagem e prestigia celebração ao patrono da cidade

6 NOV 2007 • POR Redação São Carlos Agora • 01h13
Inserido no calendário de festividades do sesquicentenário da cidade, comemorado neste dia 4, o prefeito Newton Lima (PT) e a primeira-dama Ana Lima receberam a imagem histórica de São Carlos Borromeu em frente ao Palácio Conde do Pinhal. Este traslado teve origem na capela da Fazenda Pinhal e seguiu em procissão até o município, cujo itinerário foi coordenado pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil. Em seguida, a imagem foi levada até a Catedral para a realização de uma missa solene presidida pelo 6.º Bispo Diocesano, Dom Paulo Sérgio Machado. “Esta solenidade é uma das mais importantes de nosso aniversário, pois São Carlos é um santo muito festejado na Itália e nossa população católica merece ser abençoada pelo padroeiro dos intelectuais e estudantes”, observou o prefeito.
A missa contou com a presença de cerca de 400 fiéis, incluindo autoridades civis, militares e eclesiásticas. Além da presença do vice-prefeito Emerson Leal (PMDB), a secretária municipal de Infância e Juventude, Rosilene Mendes dos Santos, representou todo o secretariado. Esta celebração também contou com a presença dos vereadores Diana Cury e José Pinheiro. O prefeito e a primeira-dama presentearam o bispo e os padres paroquianos com uma medalha do sesquicentenário da cidade. Em seu discurso, Dom Machado solicitou ao prefeito a permanência do relógio cronológico em frente ao pátio da igreja, cujo intuito é marcar as festividades do centenário da Catedral São Carlos. “É com muito prazer e orgulho que eu concedo este instrumento do tempo, para comemorar o aniversário de um dos principais cartões-postais de nossa cidade”, confirmou Newton recebendo de presente do bispo um bonito quadro da Catedral. “Esta linda pintura irá embelezar e abençoar o novo paço municipal”, enfatizou.

História da principal Casa de Deus – A primeira capela foi erguida durante o ano de 1856, antes mesmo da autorização escrita do bispo Dom Antônio Joaquim de Melo, que chegou somente em 4 de fevereiro de 1857, sendo uma construção bem rústica, constituída principalmente de madeira. Foi consagrada a São Carlos Borromeu por ser o santo de devoção da família Arruda Botelho, dona das terras onde a capela estava sendo contruida. No dia 27 de dezembro de 1857, o padre Joaquim Cipriano de Camargo inaugurou a capela de São Carlos. Em 2 de fevereiro de 1858, o Bispo de São Paulo, Dom Antônio Joaquim de Melo, elevou a Capela à categoria de Paróquia de São Carlos. Uma visita do imperador Dom Pedro II a São Carlos, em 1886, motivou a ampliação da pequena matriz, erguendo uma torre com relógio.
Durante o episcopado de Dom Gastão iniciaram-se as discussões sobre uma grande reforma da catedral. O bispo projetava uma igreja onde se encontra, atualmente, a praça XV. Porém, a população são-carlense desejava o local atual, onde este impasse só foi solucionado em 1946, pelo episcopado de Dom Dom Ruy Serra. O novo bispo decidiu conservar a igreja no mesmo lugar, e no dia 4 de novembro de 1946 deu a bênção à pedra fundamental da nova catedral. Localizada na Praça Dom José Marcondes Homem de Melo, a Catedral é o marco zero da cidade. Com uma cúpula com mais de 70 metros de altura e 30 metros de diâmetro, é uma réplica arquitetônica da Basílica de São Pedro no Vaticano.

Vocação para o catolicismo – Considerado entre os maiores santos, que glorificaram a Igreja Católica no século XVI, São Carlos Borromeu nasceu no dia 2 de outubro de 1538. Dedicado ao sacerdócio desde a sua mais tenra infância, Carlos galgou as posições mais elevadas na hierarquia eclesiástica. Foi responsável pela organização de uma série de concílios providenciais e diocesanos, escrevendo uma excelente instrução para os confessores e publicando as instituições e regras da sociedade de escolas da doutrina cristã. Fundou albergues, colégios, hospitais e seminários, para que os sarcedotes tivessem uma formação sólida de adequada. Sabendo que a caridade também abria os corações à religião, Carlos visitava os vilarejos mais pobres, onde distribuía alimentos, e dividiu todo o seu patrimônio familiar entre os doentes e desvalidos. Já arcebispo de Milão morreu no dia 3 de novembro aos 46 anos de idade, sendo canonizado no dia 4 de novembro de 1610, pelo papa Paulo V.