Reconhecimento

Família Crestana recebe visita do deputado Itamar Borges

Motivo da reunião foi agradecer ao parlamentar, que homenageou Alberto Crestana, expedicionário que foi para a Itália na Segunda Guerra Mundial para combater o nazifascismo com a denominação de um dispositivo de acesso na Washington Luís

20 JAN 2025 • POR Da redação • 13h34
A placa na Washington Luís já informa a nova denominação do Complexo Viário - SCA

A Família Crestana recebeu, neste sábado, 18 de janeiro, na Fazenda Santa Clara, em Analândia, a visita do deputado estadual Itamar Borges (MDB) para agradecer a homenagem que ele prestou ao expedicionário e patriarca da família, Alberto Crestana, com a denominação de um dispositivo de acesso na Rodovia Washington Luís. 

A Lei 17.979, que denomina “Alberto Crestana” o Complexo Viário composto por dispositivo de acesso e retorno com viaduto localizado no KM 218 + 350 metros, na Rodovia SP-310, Washington Luís, foi promulgada pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, promulgou, no dia 15 de julho de 2024A denominação foi proposta através de projeto de lei pelo deputado estadual Itamar Borges (MDB) e homenageia Crestana, que foi expedicionário brasileiro na Segunda Guerra Mundial.

“Trata-se de um resgate histórico que valoriza a todos aqueles que se dedicaram e se dedicam à nossa Pátria através do trabalho, da honestidade e da defesa da democracia, arriscando à própria vida”, afirma o físico da Embrapa Sylvio Crestana, representando a família.

O evento também contou com a presença de vereadores de Analândia, do vice-prefeito de São Carlos, Roselei Françoso, do vereador Edson Ferraz e do presidente da FESC, Eduardo Cotrim, todos do MDB, além do ex-vereador Walcinyr Bragatto. 

Itamar Borges se disse bastante satisfeito em rever os Irmãos Crestana e se sentiu um privilegiado por ter homenageado alguém que colocou a vida em risco para defender a democracia. “Na verdade fiz o meu dever como deputado e como democrata”, comentou ele. 

HISTÓRIA - A expressão “a cobra vai fumar” já era um ditado popular da época, que significava algo difícil de ser realizado, e, se acontecesse, sérios problemas poderiam surgir. Algumas pessoas começaram a usá-lo durante o início da 2ª Guerra Mundial, como uma provocação dos mais pessimistas à Força Expedicionária Brasileira, que diziam que “era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra”. Com o envio de cerca de 25.000 militares para combater na Itália, a expressão tornou-se, então, símbolo da FEB.

Em 2 de julho de 1944 o governo brasileiro enviou os primeiros soldados e oficiais rumo à Itália para lutar contra o nazifascismo durante a Segunda Guerra Mundial. O início da missão completou 80 anos, mas historiadores e familiares ainda buscam reconhecimento da sociedade sobre os feitos dos chamados pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira).

Dos cerca de 25 mil pracinhas que foram para a Itália, em torno de 90% eram civis da reserva. Ou seja, foram convocados por telegrama. Largaram seus empregos, suas vidas comuns e partiram sem a certeza de voltar. E muitos realmente não voltaram: 451 morreram em confrontos.

Os pracinhas deixaram o Brasil sem saber ao certo o que iriam encontrar. Na Itália, enfrentaram o frio, pois começaram a combater apenas em setembro de 1944 e adentraram o inverno no hemisfério Norte. O terreno era montanhoso e acidentado, e o principal inimigo era o Exército alemão.
Mesmo com as adversidades, as tropas da FEB tiveram vitórias importantes, como a tomada do Monte Castello, em fevereiro de 1945. Na batalha de Fornovo, em abril do mesmo ano, quase 20 mil soldados alemães se renderam aos soldados brasileiros em uma “manobra ágil e rápida”.

Agradecimento – Os familiares de Alberto e Ligia Crestana agradecem ao Governo do Estado e a Assembleia Legislativa, em especial ao Deputado Itamar Borges, autor do Projeto de Lei, pela homenagem e resgate histórico que valoriza a todos aqueles que se dedicaram e se dedicam à nossa Pátria através do trabalho, da honestidade e da defesa da democracia, arriscando à própria vida.