Raquel Auxiliadora: "a criação das taxas do Lixo e da Iluminação é coisa de covarde"
Segundo a vereadora, faltou debate público sobre os projetos.
30 NOV 2024 • POR Da redação • 07h14A apresentação e aprovação dos projetos de lei que criaram a Taxa de Iluminação, Taxa do Lixo e a Reforma Administrativa, da forma como tramitaram, foi coisa de “covarde”. A forte afirmação é da vereadora reeleita Raquel Auxiliadora (PT). “Os projetos entraram na Câmara Municipal às 14h para ser votados às 15h e às 16h40 a sessão já tinha acabado. Isso é coisa de covarde. Coisa de quem não tem coragem de enfrentar o debate público em prol da nossa cidade”, destaca Raquel.
Segundo ela, faltou um debate claro e democrático com o povo. “Deveriam ter explicado para o povo o motivo porque estão criando estas taxas, afirmem que é necessário. O povo vai entender. Não pensem que o povo é bobo, que não sabe entender”, comenta. Ela ressaltou que os vereadores da base também se acovardaram porque nenhum deles foi defender o projeto de lei. “Os processos tinham de 300 a 400 páginas. Não era possível lermos, analisarmos e votarmos os projetos. É uma covardia contra o povo de São Carlos, é um desrespeito à população. Acredito que o Legislativo não deveria aceitar esta situação. Deveria dizer não a um processo como este. Deveria fazer o debate, realizar uma audiência pública, tirar todas as dúvidas da população e fazer a votação séria”, destacou Raquel.
Segundo Raquel, a população que não de baixa renda, mas que vive no limite do orçamento doméstico para pagar suas contas vai sofrer muito com os novos encargos que a Câmara Municipal aprovou na última terça-feira.
A vereadora ressaltou que faz um mandato participativo e que tem uma comunicação direta com a sociedade. Segundo ela, este é um dos motivas de ela praticamente triplicar a votação em 6 de outubro, chegando a 3.085 votos, sendo a terceira mais votada entre mais de 300 candidatos.
Raquel afirmou que o machismo estrutural está presente em São Carlos e que o fato de até hoje a cidade ter eleito apenas 13 vereadores é a prova cabal desta triste realidade. Ela também afirmou que foi vítima de violência política de gênero por parte do vereador Paraná Filho (PP) e que o caso está sendo investigado pela Polícia Federal.