Investimentos em infraestrutura de transportes paulista saltam 33,2%
Alocações de recursos por concessionárias privadas cresceram 61,9%
29 NOV 2024 • POR Da redação • 08h22Dados da Pesquisa de Investimentos do Estado de São Paulo – Piesp, da Fundação Seade, divulgados nesta quinta-feira, 28 de novembro, revelam que os investimentos destinados à infraestrutura de transportes paulista aumentaram 33,2%, passando de R$ 86,8 bilhões para R$ 115,6 bilhões na comparação entre os períodos 2017-2020 e 2021-2024 (até outubro).
Já os recursos anunciados por concessionárias privadas tiveram alta de 61,9%, representando dois terços das inversões divulgadas a partir de 2021 para os transportes.
Entre 2021 e 2024 até outubro, mais da metade dos recursos noticiados por concessionárias privadas foram encaminhados à construção, expansão e/ou modernização de rodovias do Estado de São Paulo (R$ 42,2 bi). Outros R$ 25,6 bi envolveram os investimentos destinados à rede metroferroviária de passageiros. Destacam-se ainda R$ 5,8 bi para o transporte ferroviário de carga e R$ 3 bi relacionados à operação aeroportuária.
Maiores investimentos
Em rodovias e aeroportos no Estado de São Paulo entre 2021 e 2024 (até outubro), os maiores investimentos estão vinculados ao lote Noroeste Paulista (R$ 10 bi), com extensão de 600 km, concedido à EcoRodovias. Os investimentos da CCR, por sua vez, referem-se ao lote Rota Sorocabana, com 460 km (R$ 8,8 bi), além dos 356 km da Via Dutra e 270 km da Rio-Santos (R$ 7,4 bi). Aparecem ainda a CBI, no lote Litoral Paulista, com 213 km (R$ 4,3 bi); e a Via Appia, no trecho norte do Rodoanel Mário Covas, com 44 km (R$ 3,4 bi). Já as inversões da Aena estão focadas no Aeroporto de Congonhas (R$ 2,2 bi).
No transporte de passageiros, as empresas Comporte e CRRC lideram: R$ 14,2 bilhões anunciados para implantação do Trem Intercidades, que ligará São Paulo a Campinas, com extensão de 101 km. Na sequência, destacam-se os R$ 10 bi do grupo CCR, destinados a linhas do metrô paulistano (5 e 4) e de trens metropolitanos (8 e 9). No transporte ferroviário de carga, sobressai a MRS, concessionária do trecho paulista da Malha Sudeste (R$ 4,2 bi).
O economista Elton Casagrande afirma que o investimento em infraestrutura rodoviária e os leilões para concessão na administração de rodovias é uma ponte entre duas necessidades. “A primeira refere-se às necessidades de investimentos, que no plano de concessões envolve também os gastos do estado; em seguida das concessionárias”, destaca ele.
Casagrande explica que a segunda refere-se ao gerenciamento das rodovias, manutenção e melhorias que são realizadas apropriadamente devido a especialidade da empresa que ganha o direito de explorar a concessão. Investimentos e gestão são temas que definem a qualidade da administração”, resume ele.