Desenvolvimento

PIB da Região Central cresceu 1,9% no 2º trimestre de 2024

Salto também foi registrado em 18 das 20 regiões administrativas; regiões de Registro e Itapeva apresentaram os melhores resultados do índice

19 NOV 2024 • POR Da redação • 12h00
Tecumseh do Brasil: com uma indústria diversificada, Região Central se destaca no crescimento do PIB Paulista - Divulgação

Uma pesquisa da Fundação Seade revela que, de abril a junho de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Central Paulista, onde estão os municípios de São Carlos e Araraquara avançou 1,9%. O PIB, que representa a soma de todos os produtos e serviços gerados na região, no trimestre anterior (janeiro a março de 2024) havia saltado 0,6%. Nos três trimestres anteriores o crescimento foi de 2,9%. 

No segundo trimestre deste ano, o PIB saltou em 18 das 20 regiões paulistas pesquisadas. A comparação é com o trimestre imediatamente anterior e já com o ajuste sazonal.  

No período, apresentaram as maiores taxas de crescimento do índice a Região de Itapeva (3,6%); a Região de Registro (2,8%); e as Regiões de São José do Rio Preto, Campinas e Região Metropolitana de São Paulo (2,5% cada).  Apenas duas regiões apresentaram números negativos: Região de Araçatuba (-0,1%) e Região de Bauru (-1,9%).
O economista Elton Casagrande explica que já no primeiro semestre deste ano, a Região Central de São Paulo tinha registrado a menor taxa de desemprego do Estado, que foi de apenas 3,5%. E as pesquisas também revelavam a queda do desemprego em todas as regiões do Estado. “Estes números mostram um mercado de trabalho bastante aquecido, tanto no emprego formal, medido pelo CAGED quanto no emprego informal. As pesquisas mostram ainda um número de empregadores bastante grande e também trabalho por conta própria. A atividade econômica no Estado de São Paulo, assim como em todo o Brasil, está aquecida”, afirma ele. 
 

Elton Casagrande: “no primeiro semestre deste ano, a Região Central de São Paulo tinha registrado a menor taxa de desemprego do Estado, que foi de apenas 3,5%” Foto redes sociais 

Um dos motivos para este crescimento da atividade econômica seria, segundo Casagrande, uma mudança na tributação de produtos importados para faixas de baixa renda. “Esta mudança favoreceu a produção de produtos domésticos que fez o Brasil parar de exportar empregos. Foi uma mudança tributária bastante positiva Além disso, os gastos públicos bastante elevados, as concessionárias de rodovias estão todas fazendo investimentos. O governador paulista é muito proativo, fazendo investimentos de grande monta em várias regiões. Isso gerou um efeito multiplicador. Há uma multiplicação do gasto público e dos investimentos privados, ampliando também a renda. Assim, as pessoas gastam mais”.

Um outro setor que cresceu muito, segundo o economista, foi o da construção civil. “É um setor que gera muito desenvolvimento e renda. “O interior tem recebido muitos lançamentos imobiliários, principalmente nas cidades média”, destaca ele.
Quanto às regiões de Araçatuba e de Bauru, que registraram números negativos com relação ao PIB no segundo trimestre do ano, ele afirma que tal fato se deve a questões sazonais locais e de produção da regiões. “Chama a atenção que Bauru, que é uma região rica, viver uma queda de 1,9%. È uma região em que se destaca muito em serviços e comércio. A expectativa para o Estado de São Paulo é muito positiva. O segredo é investir com sustentabilidade ambiental. É algo que tem que permear o crescimento dos municípios com efeitos bastante positivos”, comenta Casagrande.  
PIB Estadual no trimestre

Já descontados os efeitos sazonais, o Produto Interno Bruto – PIB do Estado de São Paulo avançou 2,5% no trimestre que vai de abril a junho de 2024 em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Confira os dados de todas as regiões no link abaixo:
https://pib.seade.gov.br/wp-content/uploads/sites/10/2024/10/PIB-regional-sao-paulo-cresceu-dezoito-das-vinte-regioes-segundo-trimestre-2024.pdf
 
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