Empreendedores portugueses criam microturbinas para levar energia eólica a ambientes urbanos
18 OUT 2024 • POR (*) Rui Sintra • 07h00Empreendedores portugueses projetaram recentemente uma microturbina portátil, em formato cilíndrico, que tem a capacidade de carregar um celular ou um computador. Com um design próprio, inovador, e com um eixo vertical, esta microturbina portátil, silenciosa, transforma a energia cinética em energia elétrica para ser aproveitada onde estiver sendo produzida, com a promessa de funcionar em qualquer local, desde que exista vento. Com peças fabricadas inteiramente em Portugal, os empreendedores portugueses cogitam também desenvolver o mesmo tipo de tecnologia e modelo – mas em tamanhos maiores - para instalação nos telhados de prédios e casas, abrangendo assim o meio urbano, prometendo utilizar o mesmo conceito em áreas industriais e espaços junto à orla marítima portuguesa. Enquanto a turbina menor ficará dedicada a consumos baixos, a de tamanho médio poderá atender a demanda de famílias, sendo que a estimativa é poder produzir, anualmente, entre 20% a 50% do consumo de uma família de quatro pessoas. Por exemplo, em um edifício com vários apartamentos, a turbina poderá ser partilhada pelo condomínio. Quanto ao modelo de turbina com tamanho grande, esse ficará dedicado a atender infraestruturas industriais. Segundo os desenvolvedores portugueses, este novo modelo de turbina se apresenta complementar aos concebidos para a energia fotovoltaica, já que o problema da energia solar, embora seja economicamente viável, tem limitações, como, por exemplo, a redução de sua capacidade de produção em dias pouco ensolarados e a não produção de energia em períodos noturnos. Segundo os responsáveis por esta inovação, dividida em três frentes, os projetos eólicos mantiveram-se focados e centralizados em turbinas muito grandes, pelo que a aposta foi refletir profundamente sobre o conceito e desenvolver equipamentos em uma escala bem menor, sem agredir o meio ambiente com ruídos e vibrações, e com um design completamente diferente.
O autor é jornalista profissional/correspondente para a Europa pela GNS Press Association / EUCJ - European Chamber of Journalists/European News Agency) - MTB 66181/SP.
Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.