DIG começa a identificar membros de quadrilha especializada em furto e compra de cabos
14 OUT 2024 • POR Da redação • 06h43A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos já identificou alguns ladrões que vêm realizando furtos de cabos elétricos, fiação telefônica e de torres de celulares, causando enormes prejuízos às empresas de telefonia e à Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que além de cabos, também têm sofrido prejuízos com medidores de eletricidade residencial e industrial.
Crime organizado
Os cabos telefônicos, nos últimos meses, têm sido os mais visados pelo crime organizado, formado por integrantes de quadrilhas que vêm agindo em São Carlos e comerciantes que fomentam o crime.
Preso
O último a ser preso foi o desempregado D.D.C., 37 anos, que por volta das 22h30 de quinta-feira (10), foi flagrado por um vigilante patrimonial na avenida Vicente Pelicano, no Jardim Dona Francisca, e entregue à Guarda Municipal. Os guardas apuraram que D.D.C., usando um alicate de corte, uma faca e um alicate menor, havia realizado inúmeros cortes de cabos telefônicos. Um dos cabos enrolados ainda estava pendurado em um dos postes daquela avenida. Cerca de 50 metros de cabos foram apreendidos e, após receber voz de prisão, o marginal foi encaminhado ao Plantão da Polícia Civil. Ao ser apresentado ao material furtado e às ferramentas usadas no crime, limitou-se a dizer que teria sido o vigilante, tentando incriminá-lo.
Indagado sobre para quem estaria furtando ou para quem iria negociar os cabos, D.D.C. disse que nada mais iria comentar. No entanto, a Polícia Civil já o investigava em outros delitos.
O marginal passou por audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada para conclusão das investigações e análise no Ministério Público Estadual e Poder Judiciário.
Boa fé?
O delegado João Fernando Batista da DIG/São Carlos informou que existe em São Carlos uma quadrilha especializada em furtos de cabos telefônicos das operadoras Vivo e Telefônica, além de cabos elétricos. O bando já está sendo identificado pela Polícia Civil de São Carlos, que possui uma investigação aprofundada envolvendo não só ladrões, mas também algumas empresas do ramo de compra de materiais recicláveis, como cobre, fios de telefonia, elétricos e outros objetos.
Segundo o delegado, os comerciantes afirmam comprar de boa fé, porém vários deles estão sendo chamados na DIG para explicar as compras. Os comerciantes sabem que se trata de materiais furtados e mesmo assim compram cobre cru (cobre limpo sem a capa) e cobre sujo (fios queimados), que têm um valor inferior ao cobre limpo.
Inteligência policial
O serviço de inteligência policial da DIG está montando um mapa da quadrilha, que se inicia com o ladrão que furta e revende o material subtraído a comerciantes inescrupulosos. Estes, por sua vez, revendem o material por um preço elevado, fomentando o crime. Assim, o crime se inicia com pequenos viciados em drogas que furtam fiação elétrica e telefônica, além de outros objetos, para sustentar seu vício, e culmina nos comerciantes que lucram com a venda de material furtado.