Opção para a garotada

Mestre realiza trabalhos sociais dando aulas de capoeira em São Carlos

Dendê, natural de Catanduva, reúne crianças e adolescentes no Cidade Aracy 2 e no Jardim Munique

8 OUT 2024 • POR Marcos Escrivani • 07h43
Em programa social, Dendê orienta alunos: capoeira traz disciplina, respeito e qualidade de vida, segundo mestre - Divulgação

Jackson Araújo Lima, ou Mestre Dendê, como é conhecido na Capoeira. Natural de Catanduva e hoje residente em São Carlos, realiza trabalhos sociais e dá aulas em bairros periféricos da cidade, como Cidade Aracy 2 e Jardim Munique.

Conhecido na capoeira como Dendê, tem 40 anos, é casado e pai de uma filha de 10 anos. No dia 21 de setembro, se tornou Mestre de capoeira representada pela corda vermelha (diamante) pela escola Mareja, que tem como presidente, o Mestre Bacana, de Campinas/SP.

Experiente e com três décadas de experiência, Dendê contou um pouco de sua vida dedicada à modalidade esportiva, salientando que começou praticar capoeira com 10 anos em projetos sociais em Catanduva-SP. “Morava em um bairro onde a violência era  frequente, crianças estavam à margem da criminalidade, se envolvendo com pequenos furtos e usos de drogas, indisciplina na escola, entre outros”, afirmou, salientando que presenciou a mudança de vida de muitos jovens que se dedicada a prática esportiva.

“No meu caso a capoeira me atraiu, o professor conversava bastante com a gente sobre a importância de ser um bom cidadão e fui me dedicando casa vez mais. Participei de vários campeonatos e me sagrei campeão municipal, regional, paulista e brasileiro”, lembrou.

Hoje Dendê disse que desenvolve trabalhos na cidade de São Carlos. Dá aulas na Afeesc e no Clube da Electrolux, além de trabalhos sociais no Cidade Aracy 2 (na Escola Estadual Arthur Natalino Deriggi) e no Jardim Munique, no Cemei Antônio Cotrim, próximo ao São Carlos 8. Nestes projetos, conta com o auxílio do professor José Milton Cabeça Deocleciano e do instrutor José Alex Ratinho Alves Leitão.

Dendê relata que escolheu os locais para os projetos devido a vulnerabilidade social das crianças. “Sei que é onde mais posso ajudar, pois vim de lá e me sinto no dever de ajudar. Nem que seja pouco, porém o pouco que tenho para oferecer, pode ser muito para uma criança ou adolescente, pois para mim foi tudo. Só agradeço de coração a capoeira que se tornou em 2014 patrimônio cultural e material da humanidade pela Unesco e esse legado eu pretendo deixar não só para as crianças e adolescentes mas todos que queiram realmente aprender, pois a capoeira completa e trabalha corpo e mente. Ela canta, dança, joga e também luta na hora que precisa”, disse, salientando que a modalidade esportiva já está presente em mais de 160 países.