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A Geração Z e sua presença no mercado de trabalho brasileiro

Descubra quais são as perspectivas do mercado de trabalho para a população jovem do Brasil e saiba mais sobre o perfil profissional da Geração Z.

18 AGO 2024 • POR Guilherme Fernando • 08h12

O que define a Geração Z vai além da faixa etária. Esse tipo de classificação também diz respeito a atitudes, crenças, expectativas, vivências e outras características em comum entre as pessoas nascidas na mesma época. E, nesse caso, estamos falando dos primeiros “nativos digitais”.

 

A Geração Z já está familiarizada com tecnologias que surgiram como novidade para as gerações anteriores. Isso não deixa de ser uma vantagem na vida profissional, mas o grupo dos Zs pode ter driblar o imediatismo e vencer outros desafios para se adaptar ao universo corporativo.

Por exemplo, apesar da preocupação com a imagem pessoal, esses jovens costumam dar menos importância a algumas estratégias valiosas no mercado de trabalho — como fazer uma carta de apresentação para impulsionar as chances de conseguir um emprego ou manter um tom adequado na comunicação com potenciais contratantes.

Qual a faixa etária da Geração Z?

A Geração Z é composta por jovens com idades entre 14 e 29 anos nos dias de hoje. Isso corresponde às pessoas nascidas na virada do século XX para o século XXI, que também são chamadas de centennials, pós-millenials, zeenies, zoomers, Zs, Gen Z e até “geração floco de neve”. Em relação à faixa etária, estas são as gerações em atividade no mercado de trabalho atual:

Vale destacar que alguns autores só consideram como Geração Z pessoas nascidas a partir de 1997.

Como é a Geração Z?

Há uma série de características atribuídas à Geração Z, nascida e criada em um mundo globalizado e com a internet dominando a comunicação em massa. Estes são alguns exemplos:

A Geração Z no trabalho

Em relação ao comportamento de pessoas de outras gerações no trabalho, a Geração Z pode ser vista como rebelde, exigente e difícil de ser liderada. Isso porque esse grupo pode ter dificuldade de lidar com fracassos, além de ter expectativas menos tradicionais que podem resultar em uma alta rotatividade de ocupações ou na opção pelo empreendedorismo.

Na busca por oportunidades de emprego, por exemplo, fatores como propósito e compromisso social da empresa, flexibilidade, autonomia e boas condições de trabalho podem ser tão ou mais importantes do que o salário oferecido.

Por outro lado, os Zs podem trazer agilidade, ideias inovadoras e cobrir lacunas de competências nas organizações com sua facilidade e disposição para aprender. Mesmo precisando vencer alguns desafios para integrar a equipe, a convivência intergeracional é uma forte tendência para o futuro do trabalho.

Dados sobre a Geração Z no Brasil

Pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Brasil já conta com mais de 45 milhões de pessoas que fazem parte da Geração Z. Entre essa parcela da população, quase 20% se encaixavam no conceito de “nem-nem” (por não estudar e não trabalhar) em 2023, conforme publicado pela instituição.

Já para os jovens Zs em busca de espaço no mercado de trabalho, as perspectivas são impactadas pela forte desigualdade social no país. Enquanto os zoomers em condições de privilégio podem medir o sucesso em termos de propósito e qualidade de vida, grande parte da geração Z precisa se desdobrar para seguir com os estudos e colocar o salário acima de outras pretensões.

Ainda assim, o estudo “Gen Z além dos rótulos” conduzido pelo Instituto da Oportunidade Social (IOS) aponta que 64% dos jovens nascidos entre 1997 e 2010 pretendem atuar em cargos de liderança.