Marquinho Amaral enaltece trajetória de Laerte Soares, agraciado com o título de Cidadão Honorário de São Carlos
8 AGO 2024 • POR Assessoria de Imprensa • 13h22O presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Amaral, enalteceu a trajetória de Laerte Apparecido Soares, que recebeu em sessão solene nesta quarta-feira, 7, o título de “Cidadão Honorário de São Carlos” em reconhecimento à sua contribuição ao desenvolvimento do município.
Marquinho enfatizou que Laerte teve atuação exemplar nas atividades que exerceu, como servidor do Legislativo, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, da Prefeitura e notadamente como Juiz de Casamentos durante décadas no Primeiro Cartório de Registro Civil de São Carlos.
Autor do Decreto Legislativo que oficializou a homenagem, o parlamentar frisou que Laerte é um cidadão identificado com o município e muito estimado por toda a população de São Carlos, que o admira pelo exemplo de trabalho, dedicação e amor ao próximo.
A solenidade no Edifício Euclides da Cunha contou com presença da esposa do homenageado, senhora Maria de Lourdes, e a mesa de autoridades foi composta por José Wamberto Zanchim Júnior, secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (representando o prefeito Airton Garcia), Dejair Rodrigues, Delegado Seccional de Polícia, Ivone Zanchim, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC) e Francisco Carlos Isaac, presidente da Comissão Cartorária da Ordem dos Advogados do Brasil (representando o presidente da entidade, Renato Cássio Soares de Barros). Também esteve presente Paulo Sérgio Lopes de Souza, Vice-presidente do Campus USP São Carlos. O ex-deputado Lobbe Neto enviou cumprimentos ao homenageado e justificou a ausência.
TRAJETÓRIA
Laerte Apparecido Soares nasceu em 18 de outubro de 1934, na cidade de Porto Ferreira. Chegou a São Carlos por volta de 1940, acompanhado de sua família, que buscava melhores condições de vida e uma educação de excelência. Seu pai, Sebastião Avelino Soares, era comerciante, e sua mãe, Adelina Balbi Soares, dedicava-se ao cuidado da casa e dos filhos.
Laerte teve três irmãos, infelizmente já falecidos, e vivenciou uma infância feliz, ainda que marcada pelas dificuldades impostas pela Segunda Guerra Mundial. Seu percurso educacional iniciou-se na antiga Escola Normal, hoje Escola Estadual Dr. Álvaro Guião. Posteriormente, cursou o ginásio no Diocesano e retornou à Escola Normal, então Instituto de Educação, para completar o colegial.
Aos 16 anos, começou a trabalhar na Câmara Municipal de São Carlos, onde permaneceu até 9 de setembro de 1970. Nesta data, Laerte prestou um concurso público na Escola de Engenharia da USP, onde ocupou um cargo administrativo até 1990. Durante este período, casou-se com Maria de Lourdes, carinhosamente chamada de Lurdinha, com quem teve duas filhas: Ana Silvia e Ana Lúcia, ambas professoras. Em 2021, sua filha primogênita casou-se com Plínio Bassani, e Laerte foi promovido a avô de Eduardo Augusto e Gabriel Henrique.
Conhecido carinhosamente como "Santinho", Laerte recebeu um convite do Dr. Marino da Costa Terra, renomado juiz de direito e grande amigo, para exercer o cargo de juiz de casamento no Primeiro Cartório de Registro Civil de São Carlos.
De meados de 1972 até 2020, Laerte realizou com orgulho aproximadamente 50 mil casamentos, inclusive casamentos coletivos, conciliando sua função na USP com o trabalho no cartório, chegando a realizar mais de vinte casamentos em um único fim de semana.
Em maio de 1990, Laerte aposentou-se da USP e assumiu o cargo de auxiliar de gabinete na Prefeitura Municipal de São Carlos, onde permaneceu até 1994. Com a chegada da pandemia de COVID-19 em abril de 2020, Laerte, já com idade avançada, optou por se resguardar.
Hoje, próximo de completar 90 anos, é dono de uma memória incrível, recordando com detalhes diversos casamentos realizados, amizades conquistadas e deixando um legado inestimável para sua esposa, netos, filhas e genros. Suas palavras ecoam como um ensinamento valioso:
“A maior riqueza que o ser humano tem são os amigos, as pessoas cada vez menos os possuem porque não existem lojas que vendem amigos. Ninguém dá o que não tem. Isso serve para sentimentos, dinheiro e coisas.”