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Veja o que diz o B.O. do homem decapitado em São Carlos

3 AGO 2024 • POR Da redação • 07h29
Local onde corpo foi encontrado e Iago no detalhe - Maycon Maximino

O São Carlos Agora teve acesso ao boletim de ocorrência do homicídio registrado ontem, cuja vítima foi Iago Felix de Morais, 29 anos. Ele foi decapitado. O crime chocou São Carlos.

Segundo os relatos dos policiais, por volta das 11h30 desta quinta-feira (1), a PM recebeu denúncias que Iago havia sido vítima de homicídio e que seu corpo estaria na represa do 29.

A denúncia apontou ainda que os autores do crime seriam um tal de "Cigano", a pessoa de V.A.C., 26 anos, e C.A.G.S, 38. os quais moravam em um barraco de lona situada na Rua Comendador Oscar Ferreira, São Carlos 8.

A partir de então os policiais passaram a efetuar diligências, sendo que na manhã desta sexta-feira (2), o comando da Força Tática compartilhou tais informações com o setor de investigações da DIG com o objetivo de unir esforços e desvendar o crime.

Uma equipe da Força Tática foi até o barraco onde localizou V.A.C. e C.A.G.S,.  Ao serem questionados a respeito dos fatos, os dois homens confirmaram o homicídio de Iago.

Segundo os dois indivíduos revelaram aos policiais militares, eles foram convidados por "Cigano" para usar drogas na represa do balneário do 29, e aceitaram.

Carro que pertence a Cigano foi localizado no São Carlos 8.

Na ocasião entraram no veículo do próprio "Cigano", seu filho N.V.N., a vitima lago, V.A.C., C.A.G.S,. e um indivíduo de prenome Wesley.No caminho todos foram usando crack e assim que chegaram todos desceram do automóvel dirigido por "Cigano".

Momento depois, "Cigano" sacou uma faca e sem que houvesse anúncio ou discussão, ele passou a atacar lago.

Ainda segundo o que foi narrado aos policiais militares, após desferir algumas facadas contra lago, "Cigano" obrigou todos a desferir facadas também, o que foi obedecido pelos outros.

Como a vitima demorou para morrer, "Cigano" retomou a faca para si e passou a degolar o corpo, separando-o do tronco.

Após o homicídio, os autores abandonaram o corpo no local, sendo que a cabeça ficou na posse de "Cigano".

Após narrar os fatos, V.A.C. conduziu os policiais até o local onde o corpo foi abandonado, sendo que o mesmo estava em decúbito dorsal, realmente sem a cabeça e com alguns ferimentos característicos corto contundentes na região do tórax.

Enquanto o local do encontro era preservado para a realização da perícia técnica, uma viatura da PM avistou um veículo VW Gol, estacionado na Rua Professor Bento da Silva César com a Travessa Salvador Picon, na Vila Santa Maria e assim que se aproximaram, os policiais se depararam com N.V.N.,21 anos, filho de "Cigano".

Dentro do veículo foram localizados alguns vestígios de sangue, que supõe serem da vitima. Foram localizadas machas de substância semelhante também nas roupas de N.V.N.. Questionado, N.V.N. negou a sua participação no crime, mas acabou dizendo onde o seu pai estava.

Seguindo as informações passadas pelo filho, os policiais foram até um casebre situado na esquina da Avenida Dom Ruy Serra com a Rua Doutor Manoel Fráguas, onde localizaram "Cigano", identificado como sendo o serralheiro, W.P.W., 46 anos.

Perícia criminal no local onde parte do corpo foi encontrado na represa do 29. (arquivo)

Ao ser questionado, em um primeiro momento “Cigano” negou a prática do crime, porém, ao ser cientificado a respeito da confissão dos comparsas e a localização do corpo da vítima, ele não só confessou a autoria, como também indicou onde ele abandonou a cabeça da vitima.

A respeito do crime, “Cigano” alegou que a vitima estava fazendo ameaças contra ele e seu filho, sendo que por isso, ele decidiu matar Iago. Ele confirmou que na madrugada do dia 31 atraiu IAGO, o convidando para usar drogas nas imediações da represa do 29. E, para tanto, ele foi com o seu veículo, levando a vitima, mas não dizendo quem estava com ele no momento. Sobre o crime em si, ele nada disse.

Cigano revelou ainda, onde deixou a cabeça da vítima às margens de uma estrada de terra situada na continuação da Rua Doutor Manoel Fráguas.

No local indicado, uma outra viatura da Polícia Militar localizou a cabeça de Iago, a qual além da lesão que provocou a decapitação, também possuía marcas de agressão.

Diante de tais fatos, os PMs conduziram todos até a DIG, onde o delegado João Fernando Baptista lavrou o flagrante de homicídio e ocultação de cadáver e representou ao Poder Judiciário pela decretação da prisão preventiva dos indiciados, a qual foi aceita e todos estão presos no Centro de Triagem, onde aguardam pela audiência de custódia.

O corpo de Iago está no IML de São Carlos. Ele era natural da Bahia.