Intercâmbio

Alunos de universidade dos EUA desenvolvem pesquisas no IFSC USP São Carlos

Universitários permanecerão três meses desenvolvendo trabalhos na área de fotônica no Grupo de Óptica

2 JUL 2024 • POR Assessoria de Imprensa • 08h38

No âmbito de um protocolo de intercâmbio estabelecido entre a Texas A&M University (EUA) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), cinco alunos de graduação da universidade norte-americana chegaram ao Instituto no dia 1º de junho para permanecerem três meses desenvolvendo trabalhos de pesquisa na área de fotônica no Grupo de Óptica do IFSC/USP.

A reportagem conversou com três desses jovens estudantes sobre as expectativas em relação às suas permanências no nosso Instituto: Ricardo Buendia Rodriguez (21) desenvolve seus trabalhos sob a supervisão da Drª Natália Inada, enquanto José Alfredo Vasquez (20) e Ermina Omar (20) se encontram sob a supervisão do Prof. Sebastião Pratavieira, e numa primeira abordagem a estes alunos a opinião deles foi “(...) trabalhar no IFSC/USP é algo bastante atrativo (...)”.

Nascido no México, mas criado nos EUA, Ricardo Rodriguez acompanhou a família quando ela decidiu se estabelecer na cidade mais populosa do estado do Texas - Houston. Apaixonado, desde cedo, pela área de engenharia, essa foi a sua escolha quando ingressou na Texas A&M University, até porque essa universidade, segundo o jovem, era a que detinha o melhor programa não só no estado do Texas, como, também em todo o país. “De repente, despertou-me a atenção os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos pelo Prof. Vanderlei Bagnato na Texas A&M University relacionados com terapia fotodinâmica e pensei que talvez fosse uma oportunidade extraordinária para poder visitar o Brasil e trabalhar no IFSC/USP. Foi aí que a área de instrumentação médica surgiu no meu caminho e acho que irei seguir por aí. Mudei o foco!..”, comenta o jovem.

Manifestando sentir uma presença muito forte da pesquisa em todo o Instituto e argumentando que “sente a presença dela no ar” e daquilo que interpreta como “uma devoção muito grande de todos pela ciência em busca do progresso, principalmente na área de medicina, Ricardo Rodriguez salienta, com um sorriso “Aqui, é como se fosse uma grande loja de doces... Impressionante o que encontramos à nossa volta, o que se faz aqui, principalmente na área de fotônica e de terapia fotodinâmica”, salienta.

José Alfredo também é natural do México e a sua história é muito parecida com a de Ricardo. É aluno do 3º ano em engenharia elétrica na Texas A&M University, tendo sempre desejado estudar no estrangeiro, motivo pelo qual não hesitou em se inscrever neste intercâmbio. “Amo o curso de engenharia elétrica, que é difícil, mas considero que estar aqui, no IFSC/USP, é uma experiência fantástica e é uma oportunidade para eu aumentar meus conhecimentos, que poderão ser importantes para uma futura colocação no mercado de trabalho. Não sei bem ainda qual o caminho que irei seguir, mas a fotônica está certamente no meu horizonte após as experiências que estou tendo nessa área, neste instituto. Acho bem provável que a naotecnologia possa ser o meu futuro. Estou avaliando todas as opções”, sublinha José Alfredo.

Também entusiasmada com sua permanência no IFSC/USP, Ermina Omar, nascida nos EUA, mas com sua família natural da Índia, cursa também engenharia elétrica na Texas A&M University e salienta que agarrou esta oportunidade de intercâmbio porque considera que é uma grande chance para poder estudar no estrangeiro. “Conhecer uma outra cultura e ter uma experiência científica em uma área diferente, foram motivos que me levaram a vir para o IFSC/USP. Tive conhecimento que o ambiente científico e acadêmico neste instituto era propício para um enriquecimento acadêmico, com forte componente internacional, atendendo a que muitos alunos e professores estrangeiros já passaram por aqui e colheram muitas experiências científicas. Aí, eu pensei que deveria fazer o mesmo. Tem sido extraordinário permanecer aqui. Todos são muito simpáticos, comunicativos e sempre prontos para ajudar naquilo que precisamos. Embora o meu curso seja de engenharia elétrica, aqui me interessei especialmente pela área de desenvolvimento de equipamentos médicos. O futuro dirá que caminho é que eu realmente irei seguir”, pontua a jovem. Quanto ao IFSC/USP, Ermina sublinha que no Instituto a pesquisa é mais coletiva, colaborativa. “Não é tão individualista quanto nos EUA. Aqui trocam-se opiniões, partilham-se conceitos e eu estou adorando isso tudo”, conclui a jovem estudante.

O IFSC/USP deseja a todos os jovens intercambistas o maior sucesso no desenvolvimento de suas pesquisas e que elas possam contribuir para um futuro promissor para todos eles. (Rui Sintra - jornalista do IFSC/USP)