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Aluna da rede pública de SP cria dispositivo para diagnóstico de doenças e vai à principal feira de ciências do mundo

Esta é a segunda vez que Ana Elisa Brechane da Silva vai à feira nos EUA; protótipo criado por ela pode apoiar o tratamento de asma, bronquite e outras condições

17 MAI 2024 • POR Da assessoria • 14h43

Foi com o objetivo de cuidar da saúde das pessoas que a aluna Ana Elisa Brechane da Silva, de 16 anos de idade, criou o ConnectBreathe, dispositivo capaz de fazer o diagnóstico e também apoiar o tratamento de doenças respiratórias. Com esse projeto, além de receber premiações na Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), no mês de março, Ana foi selecionada para a maior feira do mundo do mesmo assunto, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia (International Science and Engineering Fair - Isef), que acontece até esta sexta-feira (17), em Los Angeles.

“O ConnectBreathe pode fazer o diagnóstico do sistema respiratório dos pacientes para doenças como asma, bronquite, enfisema pulmonar, e também pode fazer o tratamento para fortalecer a musculatura respiratória desses pacientes e de quem foi acometido por Covid, por exemplo”, explica a estudante de Santa Rita d’Oeste, a 177 quilômetros de São Paulo.

Esta é a segunda vez que Ana Elisa é selecionada para a Isef com o mesmo projeto. No ano de 2022, a estudante esteve em Atlanta, nos Estados Unidos com a primeira versão do ConnectBreathe, idealizado com o objetivo de apoiar a fisioterapia respiratória, no tratamento pós-Covid. Tanto que ela recebeu com surpresa o anúncio da segunda seleção. “Na época, considerei que a minha seleção ocorreu por conta da problemática da Covid. Jamais imaginei que seria selecionada novamente, apesar de ter continuado a trabalhar no projeto e expandido suas possibilidades de diagnóstico e tratamento”, afirma ela.

Atualmente, a aluna está matriculada na Escola Estadual Professora Maria das Dores Ferreira da Rocha, na Diretoria Regional de Ensino de Jales. Além de reconhecer o apoio e incentivo da família e dos professores da unidade no desenvolvimento de todo o projeto, ela destaca a atuação do professor doutor Eder Carlos Antoniassi, docente que atua com projetos científicos em aulas voluntárias aos finais de semana.

O professor Eder acompanha Ana Elisa à feira em Los Angeles e fará a ponte, segundo Ana, para que o projeto ConnectBreathe — que tem baixo custo de produção e pode modificar a forma como as doenças respiratórias são tratadas —, seja patenteado.

O que é o ConnectBreathe?

O projeto, que leva o nome e sobrenome ConnectBreathe: sistema biomédico multiplataforma para fisioterapia respiratória com gameterapia, e agora é apresentado mundialmente, envolve, de acordo com Ana e Eder, um sistema biomédico multiplataforma capaz de fazer a análise da musculatura pulmonar dos pacientes através de uma manovacuometria digital (um teste em que é preciso inspirar e expirar) e promover o fortalecimento da musculatura respiratória, aliando os exercícios a jogos digitais lúdicos. A aluna desenvolveu duas válvulas para oferecer resistência ao fluxo respiratório e fortalecer a musculatura respiratória nos exercícios.

A partir do conhecimento em gameterapia, e como complemento dispositivo pressórico, a jovem cientista criou um aplicativo para dispositivos móveis com jogos digitais temáticos com conexão via bluetooth e uma plataforma para computadores para deixar os exercícios respiratórios lúdicos e motivantes, que podem aumentar a adesão e permanência no tratamento.

Da assessoria