“Madeira Legal”

Gado é flagrado em área de proteção permanente e fazendeiro em São Carlos é multado em quase R$ 6 milhões

Policiais ambientais de Araraquara realizaram operação que visa preservar áreas com matas nativas

15 DEZ 2022 • POR Redação • 07h30
Segundo os policiais ambientais, danos foram causados em área de Cerrado - Divulgação

Policiais ambientais de Araraquara, durante a Operação “Madeira Legal” realização diligências na zona rural de São Carlos e flagraram em uma propriedade rural, após denúncia anônima, gado em área de preservação permanente (APP) às margens do rio Mogi Guaçu. Um fazendeiro, devido as irregularidades, foi multado em R$ 5.765.755,00.

No local, os policiais constataram diversos bovinos pastando na área indicada pela denúncia. Foi feita ainda vistoria em toda a propriedade, sendo constatado que os animais, além da área de preservação permanente, acessavam e pastavam em outras áreas especialmente protegidas da propriedade rural. Segundo as autoridades policiais, o pastoreio dos animais causa danos significativos nas vegetações de sub bosque, danificando e dificultando a regeneração natural da vegetação nativa.

Segundo a equipe, as áreas danificadas estão inseridas no bioma Cerrado, conforme Legislação Estadual. Mediante o uso de aparelho GPS e após georeferenciamento das áreas foram constatados danos em:

- 9,02 ha em Área de Preservação Permanente em estágio Pioneiro de regeneração;

-12,51 ha em Área de Preservação Permanente em estágio Médio de regeneração;

-40,19 ha em Área de Preservação Permanente em estágio Inicial de regeneração;

-273,53 ha de Vegetação Nativa em estágio Inicial de regeneração;

-4,37 ha de Vegetação Nativa em estágio Médio de regeneração;

-641,50 ha de uma Área composta por Reserva Legal.

Desta forma, com base legal, os policiais ambientais adotaram medidas administrativas, sendo apreendidos 350 bovinos e depositados para o proprietário do imóvel bem como elaborados seis autos de Infração Ambiental, por danificar vegetação nativa em área de preservação permanente nos estágios pioneiro, médio e inicial de regeneração natural, por danificar vegetação nativa nos estágios inicial e médio de regeneração natural e por danificar vegetação nativa em área de reserva legal, totalizando o valor de R$ 5.765.755,00.