Rapidez e eficiência

Santa Casa de São Carlos segue com atendimento de excelência para casos de AVC

Idosa de 99 anos voltou para casa sem nenhuma sequela devido ao rápido atendimento oferecido no hospital

31 MAI 2022 • POR Redação • 15h46
Rosa Trufino não ficou com nenhuma sequela após receber tratamento na Santa Casa de São Carlos - Comunicação Santa Casa

A pouco menos de seis meses de completar 100 anos, a são-carlense Rosa Trufino levou um grande susto no último dia 26 de março, quando teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Ela fará cem anos no dia 20 de novembro.

Enquanto tomava café com leite na clínica onde mora, no Jardim Paraíso, começou a apresentar os sintomas. O técnico em enfermagem Samuel Ferreira da Silva percebeu e rapidamente acionou o socorro.

Rosa foi levada para a Santa Casa, onde foi atendida pela equipe de Neurologia. “Como ela chegou bastante rápido ao hospital, nós conseguimos oferecer a medicação, o trombolítico, que recanalizou o vaso sanguíneo e fez o fluxo sanguíneo voltar”, afirmou o neurologista e Coordenador do Serviço de Neurologia da Santa Casa, Vitor Pugliesi.

Ainda segundo o especialista, o medicamento trombolítico só pode ser usado em casos de AVC isquêmico, quando ocorre o entupimento de uma artéria cerebral, e deve ser administrado no período de até quatro horas e meia desde o diagnóstico do AVC.

Por conta disso, o atendimento rápido recebido por Rosa foi fundamental para o sucesso do tratamento. “É bem provável que ela teria voltado para as atividades dela com bastante sequelas. Poderia ter ficado acamada e dependente de outras pessoas para os cuidados básicos no dia a dia”, explicou Pugliesi.

Por conviver com outros idosos que tiveram sequelas em virtude do AVC, Rosa conta ter sentido medo de não retomar as atividades: “Eu fiquei com medo, quem não fica? Está tudo normal, graças a Deus, a cabeça, tudo, nada mudou”.

ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA

De acordo com o Coordenador do Serviço de Neurologia, o hospital recebeu, em fevereiro, uma placa do Projeto Angels em reconhecimento ao trabalho realizado para a diminuição do tempo de atendimento de pacientes.

Atualmente, a Santa Casa conta com parâmetros melhores que os internacionais. “Se preconiza que, da chegada ao hospital até receber a medicação, o chamado tempo ‘porta-agulha’, teria que levar até 60 minutos, ou seja, uma hora. Na Santa Casa, o paciente recebe a medicação em 20 minutos, em média. E isso é muito bom, porque quanto mais tempo sem a medicação, mais tecido neurológico é afetado”, afirmou Pugliesi.

O Projeto Angels está presente em mais de 150 hospitais no Brasil e mais de 2.800 hospitais no mundo, tendo como objetivo aumentar o número de centros capacitados para o atendimento do AVC.

UNIDADE DE AVC

O neurologista explica que o objetivo é criar um espaço especializado dentro da Santa Casa, denominado de Unidade de AVC, para tratar apenas pacientes neurológicos. Hoje os casos mais graves ficam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e depois recebem alta para a enfermaria, onde iniciam a reabilitação.

Uma unidade especializada pode melhorar e muito o desfecho desses pacientes, que receberão atenção especial. “A ideia é que a gente tenha pelo menos seis leitos monitorizados e especializados no cuidado ao AVC. Isso vai fazer com que a gente consiga ofertar um conjunto de insumos em saúde: fisioterapia, fonoaudiologia, enfermagem especializada. Tudo isso vai melhorar ainda mais a qualidade do atendimento para esses pacientes”, concluiu.