Expedição são-carlense supera 3,7 mil atendimentos à comunidade ribeirinha no Rio Amazonas
10 MAR 2020 • POR Marcos Escrivani • 06h31Com os atendimentos às comunidade ribeirinhas do Rio da Ilha, Ourives, Costa da Madalena e Costa do Iranduba, terminou nesta segunda-feira, 9, a expedição são-carlense que fez atendimentos na calha norte do Rio Amazonas. Os profissionais liberais voluntários foram os odontólogos José Luiz Lopes Sanchez e Yeda Vieira; além dos médicos Laura Tavares (reumatologista), Marcos Aurélio Ogando (reumatologista e intensivista), Walter Konig (cirurgia pediátrica), Allan R. de Morais (gastrocirurgião), Luiz Alfredo Gonçalves Menegazzo (radiologia e diagnósticos por imagem), José Carlos Bonjorno Jr. (anestesista e intensivista) e Margarida Prado (oftalmologia).
A 10ª expedição do Barco Hospital Papa Francisco na Providência de Deus foi de 4 a 9 de março e atendeu 1.226 pessoas, além de servir um total de 2.030 refeições. Acumulando os exames foram 3.755 atendimentos.
Ao final da jornada voluntária, a missão fez um balanço detalhado do trabalho realizado ao longo de seis dias:
CONSULTAS
Neurologia - 193
Clínica Geral - 480
Oftalmologia - 278
Odontologia - 219
Psicologia - 15
Consultas Cirúrgica - 41
Internações dias - 36
Cirurgias médias e grandes - 39
Pequenas Cirurgias - 25
EXAMES
RX - 208
Ultrassom - 307
Eletrocardiograma - 73
Exames laboratório - 769
Exames de Oftalmológico - 275
Atendimento de Farmácia - 726
Total de atendimento geral - 3755
DEPOIMENTO DO FREI JOEL
O criador do projeto e idealizador do Barco Hospital Papa Francisco, no último dia da missão são-carlense, deu um depoimento emocionado. A seguir transcrito.
“Nessa madrugada (segunda) fui ao banheiro. Aí olhei para fora do BHPF e já vi nosso povo na fila de espera. Não me detive, fui ao encontro deles e com carinho peculiar amazônico, fui acolhido. Mesmo estando de pijama, de repente alguém sussurrou: é o vigário do barco. Começamos um diálogo e de repente uma senhora muito terna com um pouco do café, me olhou e disse: “tome um pouco”. Um carinho, me senti amado, me veio uma lágrima, pois lembrei de minha mãe, que também como essa senhora muitas vezes, enfrentou noites por mim. Senti forte a presença de um Deus encarnado no meio do povo. Cada dia mais dá para te entender Jesus, porque sempre escolheste ficar no meio e não fechado, trancado, pois ali no meio encontraste os preferidos. E após aquele gole de café voltei a cama, para tentar ao menos descansar, mas acolhida daquela senhora, foi meu maior descanso. Porque Deus me visitou. Gratidão...
A REUMATOLOGISTA LAURA TAVARES NÃO SE CONTEVE:
“Pô Frei! Acabei de me recompor da cara inchada e você vem com esse texto!
Eu tenho certeza que Jesus está sempre onde há amor e bons corações!
A sua homilia de hoje foi um tiro: além de agradecer, peço que eu não seja nunca indiferente!
Obrigada por esses dias!
Quando a gente vai ficando velha é difícil fazer novos amigos, mas saio desses dias na certeza que tenho sim muitos novos amigos!”