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Programa leva professores da USP às escolas públicas

24 AGO 2010 • POR Redação São Carlos Agora • 16h34
Uma das principais novidades do Programa de Inclusão Social da Universidade de São Paulo (INCLUSP), em 2010, é o programa Docentes Embaixadores, que propõe aos professores da USP, inclusive os aposentados, comparecerem a pelo menos uma escola estadual pública para falar aos jovens terceiranistas do ensino médio. Na pauta dos docentes, as propostas de inclusão dos alunos da rede pública à Universidade, informando-os de que é possível cursar o ensino superior em um centro de excelência, público e gratuito, como é a USP.

Criado em 2006, o INCLUSP dedica-se à ampliação do ingresso de alunos de escolas públicas na Universidade, além de apoiá-los em sua permanência com ações de largo alcance antes, durante e após o vestibular. 

A ideia de promover o contato de docentes da Universidade com jovens do ensino médio das escolas estaduais partiu do coordenador do Programa de Avaliação Seriada (PASUSP), que também faz parte do rol de ações do INCLUSP, Professor Mauro Bertotti. Para ele, o programa Docentes Embaixadores é muito propício porque também dá ao professor condições de acompanhar, com propriedade, a complexidade das ações do INCLUSP.

“Os docentes passam a entender melhor os problemas do ensino fundamental e médio, e a relação deles com a USP, podendo analisar com precisão as soluções de inclusão da Universidade”, afirma Bertotti. “O inequívoco valor da experiência amplia o repertório da abordagem que os docentes fazem junto aos alunos do ensino público, transmitindo a eles muitas informações essenciais sobre a USP. Com isso, fazem toda a diferença”.

Em São Carlos, o Professor Francisco Antonio Rocco Lahr, da Escola de Engenharia (EESC), vai conversar com os alunos da Escola Estadual Dr. Álvaro Guião, para dizer-lhes que a USP está de portas abertas e quer recebê-los. Francisco Antonio vai lembrá-los de alguns “ingredientes” essenciais para entrar na Universidade, como “dedicação permanente aos estudos e disposição de colaborar, disseminando e compartilhando os conhecimentos adquiridos, para a construção de um mundo melhor para as gerações vindouras”, recomenda o docente.

Além de considerar muito oportuna a proposta do programa Docentes Embaixadores, o professor da EESC considera que ações dessa natureza constituem-se em indispensáveis manifestações da comunidade uspiana no sentido de estreitar a convivência com todos os segmentos da sociedade.

“Esta ideia vai ao encontro da conveniência de esclarecer os alunos, de modo franco e sem distorções, quanto aos diferentes aspectos relacionados às chances de ingresso nos cursos oferecidos pela USP”, avalia Rocco Lahr.