Bebê necessita de exame e sofre com jogo de empurra-empurra entre Santa Casa e Prefeitura
14 AGO 2018 • POR Marcos Escrivani • 13h41A família de José Romeu Faria Júnior, que morreu no dia 2 de maio, quando tinha 21 anos e foi vítima de uma doença hereditária denominada Polipose Adenomatosa Familiar está ansiosa e preocupada.
José Romeu teve um filho com Thaís Cristina Melo. José Romeu Neto tem hoje 4 meses e para cientificar que o bebê não herdou a doença do pai é necessário um exame que custa a sair.
A mãe de José Romeu Faria Júnior, Regilena Ap. Malagutti que reside na Avenida Sallum, na Vila Prado, recebeu o São Carlos Agora e narrou uma história aflitiva e diz que se sente humilhada e constrangida pelas promessas feitas pela Prefeitura Municipal e pela Santa Casa, que segundo ela, não foram cumpridas e virou um jogo de empurra-empurra.
“Enquanto isso a gente fica com as mãos atadas. Ainda estou de luto pela morte do meu filho e tenho que passar por tudo isso. Fui umas dez vezes na Santa Casa e me lembro de tudo que aconteceu lá”, afirmou aos prantos ao se referir a morte do filho.
HISTÓRIA DOLOROSA
Regilena contou detalhes dos últimos meses onde busca a realização do exame para seu neto. Quando José Romeu era vivo foi diagnosticado clinicamente a doença genética. Como era agressiva, ele morreu, mas a Santa Casa ficou com mostras dos seus pólipos e após duas reuniões teriam garantido que iriam fazer o exame genético. “Com o resultado deste laudo eu poderia ter a chance de fazer o exame no meu neto via plano de saúde. A cobertura existe mediante exame genético do pai, pois o custo é alto e nem o SUS cobre”, relatou Regilena.
PROMESSAS
Regilena afirmou ao São Carlos Agora que a Santa Casa teria prometido fazer o exame genético através dos pólipos de Romeu. Contudo, não realizaram até a presente data.
Desesperada, ela disse que manteve contato com o secretário municipal de Saúde, Marcos Palermo que disse que iria providenciar tal exame.
“Ele me prometeu que iria me ligar na quinta-feira, 9, bem como a Santa Casa. Mas até hoje, ninguém falou com a gente. Foram só promessas e um jogo de empurra-empurra. A Santa Casa diz que a responsabilidade é da Prefeitura e a Prefeitura diz que tem que entrar na Justiça que seria um direito nosso. Mas estamos desesperados e corremos contra o tempo. Pelo visto ninguém se comove com o nosso sofrimento”, finalizou Regilena.
NOTA OFICIAL
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal informou que, nesses casos, a família deve procurar a Defensoria para a Justiça decidir o que será feito.
A assessoria de imprensa da Santa Casa responde a mesma coisa. O exame não está na lista do SUS e por este motivo hospital não poderia arcar com os custos.