Funcionários terceirizados acusam empresa de não ter feito acerto rescisório corretamente
12 JUN 2018 • POR Redação • 14h23O São Carlos Agora recebeu na manhã desta terça-feira, 12, denúncias de 76 funcionários terceirizados que prestavam em sua maioria, serviços em escolas municipais de São Carlos. Segundo os reclamantes, o Grupo Moraes não teria feito o acerto rescisório corretamente.
A auxiliar de serviços gerais V.A.P., 35 anos, residente na Vila Nery disse que trabalhava há quatro anos na empresa que teria perdido uma licitação promovida pela Prefeitura Municipal e com isso ela e mais 75 funcionários foram dispensados no dia 2 de junho.
No dia 9, sábado, na UFSCar os funcionários foram pagos com cheques. Cada um teria recebido o montante de R$ 1.770,00 e diretores da empresa afirmaram que o acerto pelo tempo trabalhado estaria correto.
Contudo, os funcionários afirmam que teria uma suposta irregularidade, já que trabalharam quatro anos em média e não teria sido pago o aviso prévio e as férias. “A homologação que deveria ser feito no sindicato da categoria (Siemaco), não aconteceu”, disse V.A.P.
Diante de tal situação, V.A.P. ficou revoltada e junto com outros funcionários estariam procurando um advogado. “É difícil saber o que irá acontecer. Mas não recebemos corretamente e deveremos procurar nossos direitos na Justiça do Trabalho. Acredito que há indícios de irregularidades e iremos procurar os nossos direitos”, disse.
De acordo com V.A.P. os funcionários terceirizados estão revoltados com o silêncio por parte da Prefeitura Municipal que não se posicionou a respeito de tal assunto. “Não há nenhum tipo de manifestação. Ficamos a ver navios e ninguém toma uma decisão, um posicionamento”, lamentou a trabalhadora.
Em contato com o departamento pessoal da empresa, fomos informados que o pagamento das rescisões foi realizado corretamente na semana passada, ficando em aberto apenas a multa rescisória de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que deverá ser quitada com juros e correções até a próxima quinta-feira (14).
Em relação à homologação ser realizada no sindicato da categoria, a empresa informou que seguiu a nova lei trabalhista, que desobriga o empregador de realizar os tramites no sindicato.