O governo de São Paulo confirmou, nesta quarta-feira (8), a presença de norovírus em amostras de fezes humanas coletadas na Baixada Santista, litoral paulista. A detecção do vírus ocorre em meio a um aumento expressivo de casos de virose na região, que levou a uma sobrecarga nos serviços de saúde locais.
Nos últimos dias, centenas de pessoas buscaram atendimento médico apresentando sintomas como diarreia, vômitos e febre. A Secretaria de Estado da Saúde classificou o cenário como um surto de gastroenterite.
O que é o norovírus?
O norovírus é um agente infeccioso transmitido principalmente por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, ou pelo contato direto com pessoas infectadas. Ele é altamente contagioso e pode permanecer ativo em superfícies contaminadas, facilitando sua disseminação.
Uma vez infectado, o norovírus provoca gastroenterite, com sintomas como diarreia intensa, vômitos e, em alguns casos, febre alta.
De acordo com o infectologista pediátrico Alfredo Elias Giglio, do Hospital Israelita Albert Einstein, “o norovírus é apenas mais um entre os vírus que causam diarreias, mas geralmente provoca quadros leves. É diferente do rotavírus, que tende a ser mais grave e preocupante”.
Embora os casos sejam predominantemente leves, crianças e idosos estão mais suscetíveis a complicações, especialmente pela desidratação.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão do norovírus é favorecida por ambientes lotados, como cruzeiros marítimos ou praias durante o verão. Segundo Giglio, o simples contato com água do mar contaminada pode ser suficiente para contrair o vírus, mesmo sem ingestão direta.
Tratamento
O tratamento é, em geral, clínico, com medidas para aliviar os sintomas e prevenir a desidratação. Recomenda-se repouso, ingestão de líquidos e, se necessário, o uso de analgésicos ou antitérmicos para febre e dores.
Em casos graves, pode ser necessária internação para administração de soro e medicamentos intravenosos.
A Secretaria de Saúde alerta a população para reforçar cuidados de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar o consumo de alimentos e água de procedência duvidosa, especialmente durante o surto.