O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) extinguiu a punição do ex-promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar a tiros o jogador de basquete são-carlense, Diego Mendes Mondanez no litoral paulista. A decisão foi tomada porque o prazo legal para o Estado aplicar a punição ao réu expirou.
Com o encerramento definitivo do processo, os documentos relacionados ao caso serão arquivados. O crime ocorreu em 30 de dezembro de 2004, quando Thales, acompanhado de sua namorada, disparou contra dois jovens na Praia da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Felipe Cunha de Souza sobreviveu aos disparos, mas Diego Mendes Mondanez morreu após ser socorrido. Schoedl foi preso em flagrante. (Com informações do site Metrópoles).
Em nota enviada ao site da CNN, a defesa do ex-promotor disse que “o reconhecimento da prescrição coloca fim no caso criminal, afastando qualquer juízo condenatório; não há falar-se em condenação criminal de Thales, de modo ele não pode mais sofrer qualquer violação a seus direitos fundamentais”.
Thales havia sido absolvido por unanimidade pelos desembargadores do Órgão Especial do TJ-SP, em 2008, contudo, a decisão foi anulada. Ele foi exonerado do cargo de promotor em 2018, depois que o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seguiu decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (MP) que definiu pela demissão de Schoedl.
Contudo, o ex-promotor de Justiça, foi levado a júri popular em julho deste ano, quando foi condenado a 9 anos prisão. A pena deveria ser cumprida em regime fechado, mas o réu poderia recorrer em liberdade.
O caso
Os envolvidos participavam de um luau na para Riviera de São Lourenço, e segundo Thales, que na época tinha 29 anos, as vítimas e outros rapazes mexeram com a sua namorada, então ele os repreendeu, momento que teriam partido para a agressão. Thales Ferri Schodi que estava armado com uma pistola calibre . 380 baleou quatro vezes o estudante de direito Felipe Siqueira Cunha de Souza, de 21 anos, e matou o jogador de basquete Diego Mendes Modanez, de 20. No mesmo dia ele foi autuado em flagrante e chegou a ficar 49 dias preso no Regimento de Cavalaria Nove de Julho, na Capital, mas alegou legitima defesa e conseguiu a liberdade provisória pelo Órgão Especial do TJ-SP.