Foram realizadas em Ribeirão Preto/SP, no período de 14 a 17 de novembro, a final estadual da Superliga de Voleibol Adaptado – séries ouro e série prata, promovidas pela CBVA (Confederação Brasileira de Voleibol Adaptado), que utiliza, basicamente, das mesmas regras do voleibol tradicional, com apenas algumas restrições de ações que poderiam ser prejudiciais às articulações dos atletas.
São Carlos esteve representada por cinco equipes nas categorias masculino 68+, masculino 58+, feminino 75+, feminino 68+ e feminino 58+ e conquistaram um título de campeão e um de vice-campeão. Os times são-carlenses foram para os jogos em Ribeirão Preto custeando as próprias despesas.
No Estado, as cidades são distribuídas em nove polos regionais de onde se classificam as equipes para as séries ouro e prata. Nessa fase regional, que aconteceu entre os meses de abril a setembro, São Carlos que está inserida no polo 3, teve como sede dos jogos a cidade de Jaboticabal, obtendo as seguintes classificações: Série ouro, as equipes Feminina 75+, Feminino 68+, Masculino 68+; e na série prata as equipes, Masculino 58+ e Feminino 58+.
Nesta etapa estadual São Carlos sagrou campeã na equipe da categoria Feminina 75+, série ouro, e como vice-campeã a equipe Masculina 58+, série prata.
Na primeira fase da etapa final estadual, a equipe masculina 58+ de São Carlos enfrentou, no dia 15, a equipe da cidade de Bauru – ATIBA (Associação da Terceira Idade de Bauru), vencendo por 2 sets a 0. No dia 16, o segundo adversário, que seria Várzea Paulista, não compareceu o que permitiu a segunda vitória, desta feita por WO, e colocando a equipe são-carlense em primeiro no seu grupo, habilitando deste modo a disputar, no mesmo dia, as quartas de final com a equipe de Bragança Paulista, saindo vitoriosa pelo placar de 2 sets a 0, passando para a fase semifinal que aconteceu, ainda no mesmo sábado, contra Cravinhos, com placar final favorável a São Carlos em 2 sets a 1, sendo que no tie break o placar por pontos foi de 16 a 14, o que classificou São Carlos para a partida final contra a forte equipe de Jaboticabal, cujo placar de 2 sets a 1, com tie break de 15 a 8 e deu a equipe de Jaboticabal o título de campeã, porém o honroso vice-campeonato veio para São Carlos, composta pelos seguintes atletas: Eduardo Ângelo, Luís Trevelin, Carlos Trigo, Carlos Silva, Nivaldo Andreotti, Nivaldo Pontes, Celso Barbosa, Laércio Miltti e Oswaldo Moreno.
A equipe Feminina 75+ disputando a série Ouro, composta pelas atletas: Deolinda Giacometti, Ercília Barbuglio, Eunice Maruci, Francisca Oliveira, Maria Cristina Andrade e Nair Cabrera, teve seu primeiro confronto no dia 15, às 10h, com a equipe de Cravinhos, e às 12h, com a equipe de Ribeirão Preto, obtendo os resultados de 2 sets a 0 em ambos confrontos; no dia 16 enfrentou Catanduva, a seguir, segundo jogo com a equipe do Guarujá, repetindo a façanha de placar de 2 sets a 0 em ambos os jogos do dia, se sagrando campeã da série ouro, na categoria, pelos pontos corridos.
Lado negativo
Vale ressaltar que os resultados obtidos pelas equipes de São Carlos só se realizaram por esforço dos atletas, que embora houvesse promessa da Secretaria Municipal de Esportes em custear as despesas de viagem, em especial o fornecimento de transporte, isso não se realizou. Desta forma, o custo da viagem foi suportado pelos próprios atletas, por amor ao esporte e a cidade de São Carlos.
A Secretaria Municipal de Esportes e Cultura (Smec), por sua vez, esclareceu que a concessão de transporte está suspensa em função de comtingenciamento de despesas. A pasta inclusive atuou para disponibilizar camas e demais estruturas para as equipes.
Fica a expectativa, de acordo com os atletas, para que no próximo ano, efetivamente, haja um maior compromisso da administração pública municipal com os idosos, atendendo assim as recomendações das organizações de saúde em incentivar as atividades físicas e culturais aos idosos.
O próximo desafio das equipes será a final nacional que será realizada no período de 22 a 27 de janeiro de 2025, em Palmas/TO, com a participação de equipes de diversos estados brasileiros. Porém, para que São Carlos possa sonhar com um pódio nacional, as equipes necessitarão de parceiros do setor privado, em especial para o transporte aéreo, haja vista a enorme distância que separa Palmas, no Tocantins, para São Carlos. “vamos trabalhar por um apoio e conclamar o empresariado são-carlense com apoio financeiro”, informaram os atletas.
Aberto à população
As equipes de voleibol adaptado de São Carlos convidam os interessados, com idade acima de 57 anos, a virem participar dos treinos que acontecem às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras no ginásio municipal de esportes José Eduardo Gregoracci, no Jardim Santa Felícia, na rua Alberto Lanzoni, 180. As atividades das equipes femininas começam às 7h30 as masculinas às 9h30.
Voleibol adaptado
O jogo possui semelhanças com o vôlei convencional, mas suas regras variam conforme as necessidades específicas. Em determinadas partidas, fica vedado o salto para repassar a bola ao time adversário, a fim de evitar impactos prejudiciais às articulações.
O número máximo de toques pode chegar a três e é permitido que a não bola toque o solo antes de ser recebida. Além disso, também há a possibilidade de realizar o saque por baixo.
A característica principal desse estilo de voleibol é a leveza com a qual os jogadores encaram seus desafios. A amizade e até mesmo histórias de amor prevalecem entre as disputas, que são realizadas com respeito, empatia e muita força de vontade. Mas nada tira o foco da quadra e do empenho das equipes para saírem vitoriosas.