Após quase seis anos e meio na estrada, a banda RPM realiza, na noite do dia 30 de dezembro, na Praça Central do município de Jardim Alegre (PR), seu último show com a formação definida em 2018 e que inclui o são-carlense Dioy Pallone.
Depois de um acordo judicial entre o ex-vocalista e baixista Paulo Ricardo e o guitarrista e vocalista Fernando Deluqui, a banda, a partir de 2025 passará a se denominar “RPM, o Legado”. Porém, Dioy já anunciou que não estará neste novo projeto. “O último show do RPM com a marca original, com o logotipo e este nome será este no Paraná. Não vou seguir com eles no novo projeto e vou dar um tempo na vida artística até decidir que rumos vou tomar”, comenta Dioy com exclusividade ao SÃO CARLOS AGORA.
Será o fim de uma experiência de Dioy que começou em 2018. Naquele ano, o RPM, uma data mais aclamadas bandas do chamado Rock Brasil nos anos 1980, voltou para a estrada após mais de um ano parada. Então há seis anos, o baixista Dioy Pallone, fundador da banda Carrão de Gás, passou a dividir os vocais com o guitarrista Fernando Deluqui, ao lado do baterista Paulo Pagni (P.A.) e do tecladista Luiz Schiavon.
Dioy, que completou 45 anos no último 13 de julho, Dia Mundial no Rock, revela que ainda era uma criança de seis anos quando a banda estourou em 1985 e como as pessoas de todas as idades nos meados dos anos 1980 foi contagiado pela energia na banda. O disco Revoluções Por Minuto, sucesso absoluto na época, foi o seu presente de Natal de 1986 aos sete anos.
Fã de rock desde os sete anos, Dioy tem uma relação antiga com a música. Montou a banda Carrão de Gás, com a qual gravou um disco, dois DVDs e fez show por vários lugares do Brasil, abrindo para bandas como Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Frejat e Charlie Brow Jr.
O convite para entrar no RPM partiu do guitarrista Fernando Deluqui, do qual Dioy é amigo desde 2005 - chegaram a tocar juntos duas vezes, uma delas em São Carlos, no início de 2018. Um momento triste para Dioy e os demais membros do RPM, foi a morte do tecladista Luiz Schiavon no dia 15 de junho de 2023.
Banda RPM. Foto: Reprodução Redes Sociais
História do RPM
Schiavon fundou o RPM na década 1980 na capital paulista junto do vocalista Paulo Ricado, o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Paulo Antônio, o P.A., morto em 2019.
A banda lançou seu primeiro disco em 1985, o Revoluções por Minuto, que vendeu mais de 900 mil cópias naquele ano, e revelou hits como "Olhar 43" e "Rádio Pirata".
O grupo teve seu primeiro período de crise em 1987, quando teve um hiato de meses e depois lançou o disco Quatro Coiotes, em fevereiro do ano seguinte.
Foram, ao todo quatro pausas até o retorno definitivo em 2011, com show até os dias atuais. O maior período de pausa ocorreu nos oito anos, de 2003 a 2011. O vocalista Paulo Ricardo não integra a formação atual, pois preferiu seguir em carreira solo. A última música lançada pelo RPM foi "Sem Parar", em março deste ano.
Além de Schiavon, a formação mais recente do RPM contava com o guitarrista e fundador Deluqui, o baterista Kiko Zara e o vocalista Dioy Pallone.