terça, 17 de setembro de 2024
Segurança

Veja o que diz o B.O. da prisão de geólogo acusado de causar incêndios em São Carlos

11 Set 2024 - 07h14Por Da redação
Isqueiros apreendidos com o acusado. Carro apreendido no detalhe - Crédito: Maycon MaximinoIsqueiros apreendidos com o acusado. Carro apreendido no detalhe - Crédito: Maycon Maximino

O São Carlos Agora teve acesso ao boletim de ocorrência da prisão do geólogo A.C.P., de 39 anos, preso ontem pela DIG, acusado de provocar incêndios criminosos em São Carlos.

Segundo os registros policiais, um representante da usina Raízen reportou que, desde a última sexta-feira (6), ocorriam incêndios em canaviais na região de São Carlos e que foi verificada a presença de um HB20 branco, cujo veículo foi flagrado por câmeras de monitoramento da empresa nos locais dos incêndios.

Por volta das 11h de ontem, os funcionários tiveram conhecimento do início de um incêndio na fazenda Felicíssima e, quando se deslocavam para o local, encontraram o HB20 no canavial.

O condutor do carro, ao perceber que havia sido flagrado, iniciou fuga em alta velocidade. Durante a perseguição, os funcionários da usina pediram apoio a uma viatura da Guarda Municipal que tentou abordar o HB20, mas o investigado acabou conseguindo se evadir.

Em seguida, o supervisor da usina fez contato com a DIG, informando que o acusado estaria em outro canavial da empresa, na estrada de terra que liga São Carlos a Brotas, na região do Broa.

HB20 que era utilizado peloa acusado.

Policiais da especializada foram até o local e acabaram detendo o geólogo, que foi interceptado por trabalhadores rurais que já tinham conhecimento do seu envolvimento com os incêndios.

Ao ser questionado, A.C.P. não só confessou a autoria do incêndio na Fazenda Felicíssima, como também a autoria de um incêndio nas proximidades do condomínio Villeneuve. Disse que agiu sozinho, por puro impulso, porque dias antes havia sido maltratado por funcionários da usina. Ele não tinha passagens criminais.

Com o indiciado, também foram localizadas treze pedras de crack e cinco porções de maconha, drogas que seriam destinadas ao seu consumo. Além das drogas, também foram apreendidos o seu veículo e seu aparelho celular para que se possa permitir a continuidade das investigações e determinar se realmente ele agiu conforme a sua confissão.

Segundo representantes da empresa, o incêndio provocado pelo indiciado na manhã de ontem consumiu cerca de 22 mil toneladas de cana de açúcar e 71 hectares de áreas de preservação ambiental. Estima-se que o prejuízo provocado pelos incêndios esteja na casa dos milhões de reais.

O delegado decretou a prisão em flagrante do geólogo, com base no artigo 250 do Código Penal (Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem).

Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, por se tratar de crime inafiançável, o indiciado foi recolhido à cadeia pública local, sendo representada sua prisão preventiva.

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