O estudante de 44 anos, preso em São Carlos na última quarta-feira (11), investigado por envolvimento em atividades terroristas é apontado como administrador de uma plataforma online voltada à radicalização e recrutamento em nome da organização terrorista Estado Islâmico (EI). O espaço virtual, direcionado ao público brasileiro, era utilizado para disseminar propaganda extremista, promover grupos terroristas e compartilhar materiais como manuais de guerrilha e instruções para a fabricação de explosivos improvisados.
De acordo com as investigações, o homem preso defendia a criação de um Califado no Brasil e na América Latina, além de incentivar apoiadores a realizar o juramento de fidelidade ao Estado Islâmico, conhecido como Bay'ah. Durante a operação, foram apreendidos materiais que reforçam a ligação do investigado com o grupo terrorista, incluindo simulacros de armas, um facão, produtos químicos para fabricação de explosivos e documentos relacionados à ideologia extremista. Ele está preso temporiamente no Centro de Triagem de São Carlos.
Operação Machete
O nome da operação faz alusão à palavra "facão" em espanhol, em referência a um episódio de 2022, quando o investigado tentou ingressar no Paraguai pela Ponte da Amizade portando um facão com inscrições em árabe de trechos do Alcorão. Esses trechos, frequentemente associados a uma interpretação distorcida e violenta do Islã, são usados por grupos terroristas para justificar ações extremistas.