O assassinato do construtor Osmar Aparecido de Castro, de 51 anos, completou um ano nesta segunda-feira (18). Ele foi linchado por várias pessoas na madrugada de 18 de novembro do ano passado, no bairro Jardim Paulistano.
Após investigação conduzida pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime e aguardam julgamento em liberdade.
No aniversário da tragédia, a filha de Osmar, Paola de Castro, compartilhou uma mensagem emocionada em suas redes sociais, expressando a saudade e a dor pela perda do pai.
"Faz um ano que papai do céu te levou pra perto dele, faz um ano que tento me acostumar com sua ausência, faz um ano que sinto falta do seu sorriso, do seu abraço e, pasme, até dos seus puxões de orelha. Sinto falta de tanta coisa, pai... Sei que está num lugar melhor e está cuidando de nós daí, mas a saudade daqui é imensa, chega a doer o coração, a alma."
Paola ainda lamentou não ter tido a oportunidade de se despedir. "Eu queria só te dar um último abraço, um último beijo, te dizer um último 'eu te amo', mas não pude... Espero que um dia nós nos reencontremos. Nosso amor é e sempre será além da vida."
MOTIVAÇÃO
Em relação ao motivo do crime, o delegado João Fernando Baptista informou que tudo teria começado em uma brincadeira por parte da vítima. Osmar chegou tranquilamente, sorrindo na adega de bebidas na rua Iwagiro Toyama, defronte a uma praça. No estabelecimento ele perguntou se havia garrafa longneck de cerveja da marca Heineken. O funcionário então teria dito que só havia lata desta cerveja. Osmar, em tom de brincadeira teria dito: “Você está tirando a favela”. Um homem que estava próximo e que nada tinha a ver com a conversa teria se sentido ofendido, entendendo que a vítima teria dito que ali seria uma favela. Esse indivíduo então passou a encarar o construtor e passou a provocá-lo. Depois foi até a caminhonete de Osmar e desferiu um chute contra a lataria e depois jogou um copo com um liquido na picape. Osmar teria ficado furioso com tal atitude e foi tirar satisfações. “Isso causou a fúria da vítima que se aproximou dele [do homem], tentou desferir uma garrafada, que não acertou e dois passaram a trocar agressões. Na sequencia outros seis indivíduos que eram amigos do homem passaram a agredir a vítima”, detalhou o delegado.
Osmar conseguiu se levantar com a ajuda de algumas pessoas, deu a volta no quarteirão, sendo perseguido. Quando o construtor retornou até a adega, os dois dois agressores voltaram a agredi-lo e desta vez passaram a desferir tijoladas contra a cabeça dele, o que acabou provocando a sua morte.
Para a DIG o caso de homicídio está esclarecido e o inquérito encaminhado ao Ministério Público. Os envolvidos foram indiciados e aguardaram pronunciamento da Justiça.
Há outra investigação em andamento, pois há suspeita que os envolvidos subtraíram objetos da caminhonete e um deles teria saído com o veículo do local abandonando a alguns quarteirões.