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Nova pesquisa para tratamento

IFSC/USP São Carlos produz “pseudo-vírus” Sars-CoV-2 em laboratório comum

17 Nov 2020 - 13h17Por Redação
IFSC/USP São Carlos produz “pseudo-vírus” Sars-CoV-2 em laboratório comum - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Uma pesquisa realizada no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) permitiu desenvolver um “pseudo-vírus” do Sars-CoV-2 destinado a estudar a ação e eficácia de novos fármacos em laboratórios de classe-2, ou seja, em laboratórios considerados perfeitamente comuns, existentes nas universidades e em centros de pesquisa.

O pesquisador do IFSC/USP, Prof. Francisco Gontijo Guimarães, coordenador das pesquisas relacionadas ao “pseudo-vírus”, explica que esse falso vírus - produzido pelo bolsista da Fapesp, Mohammad Sadraeian - é uma partícula viral que possui todas as propriedades do vírus Sars-CoV-2, com a diferença que ele não infecta as células, permitindo que se estude aprofundadamente a eficácia de um fármaco no vírus real, ou neutralizar sua ação nas células.

Produzido nos laboratórios do IFSC/USP, o “pseudo-vírus” já foi sujeito a um estudo aprofundado sobre sua interação e internalização em células pulmonares, a neutralização do vírus pelos anticorpos específicos que o corpo humano produz, e, ainda, suas características físicas.

Por outro lado, está sendo realizados estudos no sentido de se netutralizar o vírus por ação de Terapia Fotodinâmica e o uso de radiação UVC (in vivo). “A grande vantagem do desenvolvimento do “pseudo-vírus” é que podemos fazer as pesquisas de forma fácil em laboratórios menos complexos. Assim, em vez de trabalharmos com o vírus real, que é impossível neste momento, trabalhamos com uma cópia fiel e inofensiva”, sublinha Francisco Guimarães.

Esta pesquisa está inserida em um projeto aprovado pela Capes para o fomento às pesquisas da Covid-19, projeto esse que também aprovou outras duas pesquisas realizadas em nosso Instituto e que serão divulgadas em breve, pelo que elas se cruzam entre si em uma única direção. A primeira, desenvolvida pelo Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto, tem como objetivo criar sistemas de entrega de moléculas para tratamento da Covid-19, enquanto a segunda, desenvolvida no Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar), coordenada pelos Profs. Glaucius Oliva e Rafael Guido, tem como objetivo o desenvolvimento de novos fármacos para combater a Covid-19.

Estes trabalhos de pesquisa vêm consolidar a tradição que o IFSC/USP tem em estudos para o tratamento de vírus, como, por exemplo, aquele que foi feito para o HIV. (Rui Sintra - IFSC/USP).

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