O vereador Lucão Fernandes (MDB), que também preside a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, alertou durante a sessão desta terça-feira, 3, para um lamentável fato que vem ocorrendo em São Carlos e no restante do país. A escolha sobre qual vacina tomar para se proteger da Covid-19.
“Estamos vendo através da imprensa que parte da população está começando a querer escolher o tipo de vacina que quer tomar. Tem público querendo escolher a vacina A ou a B, mas é complicado para o pessoal da saúde contemplar essas pessoas com as suas vontades. As vacinas são enviadas pelos governos Estadual e Federal com lotes específicos para cada faixa etária, não é o pessoal da saúde, não é a enfermeira lá no posto de vacinação que escolhe qual vacina vai aplicar em determinada pessoa. Se a gente voltar um pouco lá atrás, quando começou a pandemia, a gente não tinha nada para combater essa terrível doença, não tinha nada para defender a população, durante esse período houve um esforço do mundo para criar uma vacina e conseguimos, aqui no Brasil mesmo, avançamos com a CoronaVac, por isso quero alertar a você que está escolhendo vacinas, pare e pense que você pode estar levando essa doença para dentro de sua casa, se imunize com a vacina que estiver disponível nos locais de vacinação”, argumentou o vereador.
Lucão destacou que por conta das reações que cada vacina possui, muitas pessoas estão deixando de tomar a segunda dose da vacina. Quem só tomou uma dose da vacina corre mais risco de se infectar, em comparação com pessoas que completam o esquema vacinal. Com mais vírus circulando, cresce a chance de surgir novas variantes.
Lucão relembrou o que aconteceu dentro de sua casa com ele que chegou a ficar internado na UTI e entubado e com sua esposa Suely Fernandes, que faleceu por causa da Covid-19. “Faltava 10 dias para que ela recebesse a primeira dose. O inimigo é forte, ele continua poderoso e continua ceifando vidas, não podemos relaxar neste momento e não podemos ficar escolhendo vacinas. Algumas têm reações mais fortes, outras não, mas garanto que as reações da vacina seja ela qual for, são bem menores que os sintomas da doença”, finalizou o vereador.
AS VACINAS
A maioria das vacinas utilizadas contra a Covid-19 usa duas doses para imunização. CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal seja completo. A única exceção, até o momento, é o imunizante desenvolvido pela Johnson&Johnson, que utiliza apenas uma dose.