Entrevistados: Prof. Dr. Cleber Ferraresi – docente do curso de Fisioterapia e do PPGFT – UFSCar e Mestranda Lara Maria Bataglia Espósito – PPGFT UFSCar
A hipertensão arterial é uma doença crônica, não transmissível, multifatorial, caracterizada pela persistência de níveis pressóricos elevados. Ela ocupa o posto de principal causa de morte global, sendo responsável por cerca de 10,4 milhões de mortes por ano, atingindo cerca de 26,3% da população brasileira em 2021. Além disso, a hipertensão arterial atua como fator de risco para o infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença renal crônica, com impacto na qualidade de vida. Em última instância, traz à tona uma grande questão de saúde pública, que merece a devida atenção.
A terapia por laser de baixa intensidade, conhecida como laserterapia e atualmente chamada de fotobiomodulação, é cientificamente reconhecida por seus efeitos positivos no controle da dor, reparo tecidual e reabilitação de lesões diversas. Além desses efeitos, essa terapia parece promover efeitos promissores no controle da pressão arterial. A pesquisa da mestranda Lara Maria Bataglia Espósito, discente do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGT) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob a orientação do Prof. Dr. Cleber Ferraresi, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e colaboração do Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (CEPOF – INCT – IFSC – USP), busca identificar os efeitos da laserterapia aplicada ao sangue de pacientes hipertensos.
A aplicação da laserterapia no sangue foi desenvolvida na década de 1970, realizada originalmente a partir de um cateter dentro dos vasos sanguíneos. Atualmente, como uma alternativa não invasiva, realiza-se a aplicação transcutânea (através da pele) da laserterapia na região do punho, havendo evidências de que essa terapia produz efeitos importantes nos vasos sanguíneos de forma sistêmica (todo o corpo), e que favorecem à redução da pressão arterial.
Os pesquisadores contam que, para esse estudo, a empresa MMOptics e IFSC desenvolveram um dispositivo que melhor direciona a luz do aparelho portátil de laserterapia da MMOptics para o local anatômico adequado da região do punho dos pacientes, tornando a terapia possivelmente mais eficaz.
Os pesquisadores ainda destacam que a laserterapia, aplicada de forma transcutânea para irradiar o sangue, pode se tornar uma terapia alternativa, ou coadjuvante, muito importante para auxiliar pacientes hipertensos no controle da pressão arterial de forma não invasiva, não farmacológica e indolor.
Fontes: FT. Lara Maria Bataglia Espósito – mestranda do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFT) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);Prof. Dr. Cleber Ferraresi – professor do curso de Fisioterapia da UFSCar e do PPGFT da UFSCar. Pesquisador Colaborador do CEPOF – INCT
Mestranda Lara Maria Bataglia Espósito – PPGFT UFSCar
Prof. Dr. Cleber Ferraresi – docente do curso de Fisioterapia e do PPGFT – UFSCar
CV: http://lattes.cnpq.br/9593811257950561
https://www.ppgft.ufscar.br/pt-br/programa