A dor é um fenômeno de extrema importância para os seres vivos, pois serve de alerta para situações agudas, mas pode ser um incômodo quando se torna crônica e sem uma função fisiológica explícita. Por esse motivo, o controle desse fenômeno é de grande importância para proporcionar uma melhor qualidade de vida dos pacientes de dor crônica.
Os fármacos utilizados têm sua importância nesse controle, mas há vários efeitos adversos, o que muitas vezes restringe seu uso. Assim, métodos não farmacológicos são as alternativas mais viáveis e interessantes no controle de dores crônicas.
Entre eles, a fotobiomodulação (FBM) se destaca por ser um método não invasivo, indolor, de fácil execução, com um grau de eficácia bastante comprovada, tanto do ponto de vista dos seus mecanismos, mas também no aspecto clínico.
Esse tipo de tratamento tem mostrado um custo-efetividade muito interessante, o que permite seu estabelecimento como uma alternativa relevante diante dos custos de saúde no sistema público (SUS).
Frequentemente a dor está associada com inflamação, e parece que a Fotobiomodulação tem efeitos muito importantes nos processos inflamatórios, tanto agudos como crônicos, interferindo nas reações inflamatórias, conforme estudos pré-clínicos e clínicos já realizados.
Já existem fortes evidências na literatura científica disponível, assim como guias clínicos colocando a Fotobiomodulação como uma alternativa como bastante efetiva para seu uso rotineiro em várias condições fisiopatológicas. Além disso, muitas informações sobre os mecanismos periféricos e centrais envolvidos no processo de modulação da dor pela Fotobiomodulação já estão sendo esclarecidos nas pesquisas em andamento e algumas já finalizadas.
Portanto, atualmente temos evidências bastante estruturadas e relevantes, tanto sobre mecanismos envolvidos como sobre as variadas aplicações clínicas da Fotobiomodulação, servindo tanto para melhora da dor, assim como da inflamação.
Todas essas informações foram foco da palestra no evento que o IFSC-USP sediou em parceria com a ABLOS (Associação Brasileira de Lasers em Odontologia e Saúde), e são de grande importância na atualidade, pois o grupo de pesquisa do Prof. Dr. Nivaldo Parizotto, aposentado do Departamento de Fisioterapia da UFSCar e atualmente em atividade no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Brasil tem realizado trabalhos científicos nessa área relacionando o uso da Fotobiomodulação como instrumental terapêutico com uma excelente comprovação científica para essas aplicações na dor e inflamação, entre outras tantas com custo efetividade comprovados, permitindo dessa maneira uma introdução desse tratamento dentro do SUS.
Destacamos que Prof. Dr. Nivaldo Antonio Parizotto participou e fez apresentações recentemente na 32ª edição da “Laser Physics Workshop” - Conferência internacional no campo da óptica e fotônica - “Reunião da Associação Brasileira de Laser em Odontologia e Saúde - ABLOS”, sendo também pesquisador colaborador do CEPOF – INCT – IFSC – USP.
Entrevistado: Prof. Dr. Nivaldo Antonio Parizotto
Prof. Dr. Nivaldo Antonio Parizotto
Professor Titular Aposentado do Departamento de Fisioterapia da UFSCar
Professor Titular da Engenharia Biomédica da Universidade Brasil (São Paulo)
Pesquisador na área de Lasers e suas aplicações (Fotobiomodulação) desde 1984, com variadas orientações de alunos de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado, assim como profissionais supervisionados em Pós-Doutorado.
Fisioterapeuta pela PUC Campinas, Mestre em Fisiologia pela FMRP-USP, Doutor em Engenharia Elétrica pela FEEC-UNICAMP, Pós-Doutorado em Fotomedicina pelo Wellman Center for Photomedicine da Harvard Medical School em Boston (USA).
Fontes: Prof. Dr. Nivaldo Antonio Parizotto , e Ms. Kleber Jorge Savio Chicrala – Jornalismo Científico e Difusão Científica – CEPOF – INCT – IFSC – USP