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quinta, 26 de dezembro de 2024
Artigo Rui Sintra

Cerca de setenta mil jovens estrangeiros estudam em Portugal

02 Dez 2022 - 07h00Por (*) Rui Sintra
Cerca de setenta mil jovens estrangeiros estudam em Portugal -

São cerca de setenta mil os jovens estrangeiros que frequentam as diversas universidades e institutos existentes em Portugal, sendo os brasileiros os líderes absolutos desse gigantesco número. Segundo o jornal português “Diário de Notícias”, essa lista, liderada pelo Brasil, inclui, por ordem numérica, jovens estrangeiros oriundos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Espanha, França, Itália, Alemanha, Moçambique e China, revelando um aumento de perto de dez mil jovens em relação ao ano de 2021. Embora as universidades portuguesas tenham em curso programas de apoio à inclusão desses alunos, o certo é que há ainda muito trabalho para se fazer numa área que, de fato, é sensível. Em um estudo apresentado recentemente na conferência "Será o nosso Ensino Superior inclusivo?", que ocorreu na Universidade do Minho, na cidade de Braga (Portugal), promovida pelas 16 instituições de ensino superior integradas no  CRUP - Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, subordinado ao tema “O Impacto Económico e Sociocultural dos Estudantes Internacionais em Portugal”, ficou muito claro que ainda há um longo caminho a percorrer. De fato, esse estudo mostrou que os jovens estudantes estrangeiros estão, por um lado, longe de interagirem integralmente com o povo e a cultura Lusitana, enquanto que nos seus contatos pessoais a tendência é se relacionarem com outros jovens estrangeiros, preferencialmente do mesmo país. Essa situação constitui uma barreira para que os jovens estudantes estrangeiros possam “mergulhar” no sentimento de pertença e nas ligações afetivas com as pessoas e com os locais onde vivem e estudam, criando-se, simultaneamente, um fosso no relacionamento que deveria ser aberto, espontâneo e salutar com seus colegas portugueses e que deveria beneficiar suas próprias experiências. Contudo, nesse mesmo estudo os jovens estudantes estrangeiros recomendam que outros jovens de seus países ingressem em programas portugueses de mobilidade. Embora com um trabalho positivo nesta área específica, as universidades portuguesas têm que ter uma atenção muito especial e mais focada para estas realidades, criando formas de anular estas distorções que não beneficiam nada nem ninguém.

O autor é jornalista profissional / correspondente para a Europa pela GNS Press Association  / EUCJ - European Chamber of Journalists / European News Agency) - MTB 66181/SP.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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