O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, tem atraído cada vez mais parcerias com universidades estrangeiras. Entre abril e junho deste ano, cinco comitivas de instituições da França, Inglaterra, Irlanda e Portugal visitaram o Instituto, estreitando relações e promovendo novas oportunidades.
Representantes da Atlantic Technological University (ATU), da University Polytechnic Hauts-De-France (UPHF), da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP/UP), da Universidade NOVA de Lisboa e da Sheffield Hallam University percorreram as instalações do ICMC, incluindo salas e laboratórios, conheceram aspectos administrativos e se reuniram com o diretor, professor André Carlos Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, e com a vice-diretora, professora Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco.
Os visitantes reconheceram a excelência do trabalho desenvolvido no ICMC, reforçando que o Instituto realiza muitas iniciativas de alta qualidade. “O interesse dessas universidades evidencia o prestígio da USP e a qualidade dos cursos oferecidos aqui. Nossas pesquisas e trabalhos em inteligência artificial e ciência de dados têm atraído especial atenção, dada sua natureza multidisciplinar e relevância global”, afirma Kalinka.
A receptividade e a simpatia dos servidores e alunos do ICMC, juntamente com a forma de trabalho desenvolvida utilizando a plataforma Sucupira e a riqueza de dados que ela proporciona foram destacadas pelos acadêmicos estrangeiros. “Isso oferece uma visão muito positiva para nossos funcionários, mostrando que temos muito a oferecer”, reforça Kalinka. “Nossos funcionários puderam perceber o quanto contribuem para a principal atividade da universidade, que é a formação de alunos”, conclui.
Parcerias promissoras
Tendo uma longa história de colaboração com o ICMC, acadêmicos da Universidade do Porto e da UPHF estiveram em São Carlos nos dias 24 e 25 de abril, com o desejo de oferecer novas oportunidades de mobilidade acadêmica. Além disso, as instituições estudam a possibilidade de oferecer dupla titulação aos universitários do ICMC.
Também em abril, John Joe O’Farrel, diretor da ATU, acompanhado por Fabiana Lino, relações públicas do consulado geral da Irlanda, visitaram o ICMC com o objetivo de fortalecer laços, preparando o terreno para a assinatura iminente de convênios entre as instituições.
Em maio, foi a vez de receber uma grande comitiva da Universidade Nova de Lisboa. Nove docentes, principalmente das áreas de computação e engenharia, discutiram possíveis colaborações, com um foco especial em inteligência artificial.
Para coroar o semestre, em junho, dois professores e dois técnicos administrativos da Universidade Sheffield Hallam, com o qual o ICMC já tem um acordo de cooperação, visitaram o campus. Essa visita foi especialmente significativa, pois as técnicas administrativas Lycaena Jarina e Maria Fernanda Marreta já haviam realizado um intercâmbio nessa instituição.
Segundo os diretores do ICMC, a reunião viabilizou novos convênios que devem ser assinados ainda este ano. Para Kalinka, essas oportunidades não apenas fortalecem a colaboração acadêmica, mas também contribuem significativamente para a formação de alunos e a troca de conhecimentos em nível internacional: “Eles demonstraram grande interesse em receber nossos alunos em suas instituições.”
Impacto em toda a comunidade acadêmica
A internacionalização promovida pelo ICMC busca abarcar toda a comunidade acadêmica, incluindo os servidores técnico-administrativos. Com o apoio do Programa Institucional de Internacionalização da Capes (Print) e do próprio ICMC, esses servidores têm realizado intercâmbios e estabelecido parcerias na escrita de artigos técnicos. A diretora do ICMC destaca que essas experiências engrandecem a Universidade. “Temos orgulho de dizer que somos a unidade da USP que mais enviou funcionários para o exterior, foram 7 ao todo nos últimos 10 anos. Queremos fomentar cada vez mais essa possibilidade”, reforça.
Um exemplo dessa colaboração internacional foram os artigos técnicos desenvolvidos por Lycaena e Maria Fernanda, que avaliaram diferentes aspectos de como a pandemia de Covid-19 afetou a dinâmica e os fatores psicológicos tanto na comunidade do ICMC como na da Sheffield Hallam.