
A incerteza paira sobre o futuro da unidade da Tecumseh do Brasil, localizada em São Carlos. No último domingo, 13, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté realizou uma plenária com os trabalhadores da empresa para discutir os rumos da planta local, diante das recentes movimentações da companhia no país. Entre as preocupações estão a terceirização de componentes antes produzidos na própria unidade, a retirada de máquinas e equipamentos, demissões e o aumento da rotatividade.
O sindicato tem acompanhado de perto as demissões de trabalhadores com contratos por prazo determinado, e contratos por tempo indeterminado (muitos com 25 a 30 anos de serviço, alguns deles próximos da aposentadoria). A rotatividade elevada também é motivo de preocupação, pois compromete a estabilidade e a experiência no ambiente de trabalho.
Durante a plenária, os trabalhadores expressaram preocupação com a falta de clareza sobre o futuro da fábrica na cidade. Embora a Tecumseh tenha comunicado planos relacionados à sua operação em Manaus, até o momento, não há informações concretas sobre o que está previsto para a planta em São Carlos.
“Não é questão de desconfiança, mas queremos saber qual o futuro da Tecumseh em São Carlos, isso preocupa o Sindicato e traz incertezas aos trabalhadores”, afirmou Vanderlei Strano, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté durante o encontro.
O que os trabalhadores buscam
Os trabalhadores aprovaram uma série de reivindicações, com o objetivo de garantir a continuidade e o fortalecimento da empresa na cidade: 1 – Compromisso da empresa com a cidade de São Carlos, assegurando a manutenção dos empregos atuais; 2- Melhoria nas condições de trabalho, com valorização dos trabalhadores; 3- Investimentos na unidade como aquisição de novas máquinas e modernização das linhas de produção;
Apoios
A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), por meio de seu presidente, Loricardo de Oliveira, já manifestou apoio à mobilização dos trabalhadores e do Sindicato.
Caso necessário, há disposição para levar a pauta até Brasília, numa tentativa de ampliar a pressão política e institucional sobre a empresa.
Outro apoio que o Sindicato e os trabalhadores buscarão caso não tenha retorno por parte da empresa, será junto aos vereadores na Câmara Municipal de São Carlos, já que há anos atrás a Tecumseh teve incentivo fiscal para permanecer na cidade.