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sábado, 15 de março de 2025
Meio ambiente

São Carlos e o desafio da resiliência em tempos de mudanças

14 Mar 2025 - 08h38Por Assessoria de Imprensa
São Carlos e o desafio da resiliência em tempos de mudanças - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Um debate sobre a condições climáticas atuais e futuras, os desafios resultantes de todas as mudanças operadas no nosso meio e no ambiente foi como se desenvolveu a abertura da 17ª Semana de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Carlos – Seasc, que aconteceu nesta terça-feira, 11, na sede da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos – AEASC.

Presentes ao evento, autoridades do sistema Confea-Crea como o eng. civil João Bosco Romeiro, diretor administrativo do Crea-SP; Juliano Resende, gerente da UGI São Carlos; Lucas T. Rodrigues, gerente da GR10-Crea/SP; Márcio Marino, conselheiro do Crea-SP; José Wamberto Zanquim Junior, secretário do Clima e Meio Ambiente; Leandro Severo, secretário Municipal de Cultura e Turismo; Derike Rafael Contri, presidente do Saae; prof. dr. José Galizia Tundisi, assessor especial do gabinete do prefeito de São Carlos; Alexandre Berndt, chefe geral da Embrapa Pecuária Sudeste; José Manoel Marconcini, chefe geral da Embrapa Instrumentação e o ex-presidente da Embrapa, o prof.dr. Silvio Crestana, orador da noite.

O título da apresentação de abertura da Seasc foi “São Carlos, cidades e campos: o desafio da resiliência em tempos de mudanças” e entre dados e pesquisas apresentados, Silvio Crestana falou sobre as diferenças de temperatura em décadas passadas quando São Carlos era conhecida como a Cidade do Clima por conta da temperatura amena o ano todo, e sobre o período em que tinha o título de Athenas Paulista, no início da formação da estrutura educacional que hoje possibilita a grande produção de conhecimento e inovação no município que faz a cidade ser reconhecida como a Capital da Tecnologia. O orador trouxe à memória dos presentes o quanto São Carlos mudou nas últimas décadas, em algumas situações (no caso das exportações) positivamente e outras nem tanto, que precisam estar em pauta nas discussões sobre o futuro da nossa cidade.

“Eu entendo que na sociedade do conhecimento, na economia do conhecimento, você desenvolve uma cidade, uma região, um pedaço da cidade ou um bairro com educação, com conhecimento, tecnologia, inovação e quem pode se preparar para as situações inusitadas que estamos vivendo são os profissionais em cada área, da engenharia, arquitetura e agronomia, geologia e assim por diante. Por isso, decidi falar um pouco sobre questões técnicas, porém principalmente sobre questões relevantes para alcançarmos uma São Carlos única. Hoje existem duas São Carlos: uma desenvolvida tecnológica e outra não tecnológica. Precisamos ser uma São Carlos igualmente inovadora e tecnológica para todos.”.

O pesquisador Silvio Crestana citou uma das obras do prof. Tundisi, “São Carlos e o Desenvolvimento Sustentável”, em que marcou 10 páginas com projetos considerados por ele como excelentes.

“Propostas já existem. Acredito que a questão é como tornar isso realidade. Como sair da retórica para a prática? Que tal nos unirmos para uma São Carlos mais desenvolvida de forma sustentável e resiliente e mais humana? Não faltam profissionais.”, afirmou Crestana.

Durante o período de perguntas e respostas, prof. Tundisi contribuiu com o debate falando sobre como São Carlos pode agir utilizando todo o conhecimento produzido aqui mesmo em benefício da população local: “A universidade precisa ser estimulada a participar do processo. Para isso é preciso instigar os pesquisadores a produzir ideias com o sistema público e produzir políticas públicas e dou como exemplo a união de esforços iniciada recentemente entre institutos aqui das universidades e técnicos da prefeitura municipal para internalizar a inteligência artificial na administração pública através da participação num edital da Fapesp. Esse é apenas um dos projetos em andamento. Agora, me preocupa o que a população em geral sabe sobre essas questões sobre as mudanças tecnológicas, climáticas e sobre a resiliência necessária. Como mudar hábitos e culturas?”.

A Semana de Arquitetura e Agronomia de São Carlos – Seasc, contou ainda com o geógrafo Anderson Vito, da empresa XMobots, falando sobre a aplicação de VANTs na área de tecnologia e suas aplicações em várias áreas afins com as engenharias, e no encerramento, dia 13, o eng.civil Guilherme Stamato, sobre o uso de madeira na construção civil.

Todas as apresentações estão disponíveis no canal da AEASC no Youtube.

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