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sexta, 03 de janeiro de 2025
Réveillon 2025

Profissionais da saúde e segurança deixam festas de lado e trabalham na virada

Médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais, guardas municipais, são exemplos clássicos de profissionais que precisam estar a postos

31 Dez 2024 - 15h21Por Da redação
Equipe  Samu - Crédito: Divulgação Equipe Samu - Crédito: Divulgação

Para muitas profissões, o plantão é uma realidade inevitável, mesmo em meio às comemorações de fim de ano. Médicos, enfermeiros, bombeiros, policiais, guardas municipais, são exemplos clássicos de profissionais que precisam estar a postos, garantindo a segurança e o bem-estar da sociedade, mesmo durante os feriados.

Socorrista do SAMU, Carlos Rodrigues ressalta que trabalha em réveillon, Natal e outras datas comemorativas há 20 anos. “Isso faz parte da profissão. Temos a clara noção de que não temos fim de semana e que muitas vezes vamos trabalhar no momento em que muitas pessoas, inclusive nossos familiares, estão se divertindo. A família já sabe. Já perdi aniversário de filho, aniversário de neto e etc. A família se reúne e você tem que trabalhar. Nesta época os idosos sentem muita falta dos entes queridos que já morreram e muitos passam mal. Eles sofrem muito com as ausências”, comenta.

Para Rodrigues, os abusos com álcool e acidentes causados por embriaguez acabam atrapalhando o trabalho dos socorristas. “Infelizmente muitas vezes temos que cuidar de uma ocorrência de embriaguez e acabamos chegando atrasados para socorrer um infartado, por exemplo”, lamenta ele. 

Também socorrista do SAMU, Vanda Martins Atayde é uma entusiasta do seu ofício. Ela afirma que atuar na área de socorrer pessoas foi uma opção muito bem definida quando ela resolveu ingressar nesta profissão. Ela afirma que já trabalho muitas vezes no réveillon e confessa que vibra mais com uma ocorrência bem sucedida, onde conseguem salvar a vida de uma pessoa do que tomando champanhe em casa com a família. “Mesmo quando estamos de folga numa data destas, pelo amor que temos na profissão, ficamos torcendo pelo sucesso da nossa equipe em um atendimento de urgência e emergência”.

Ela falou que tem muito prazer em ligar as sirenes das viaturas à meia noite do novo ano e abraçar os colegas da equipe do SAMU comemorando. “Para nós estas datas têm um sentido totalmente diferente do que têm para a maioria das pessoas. Já deixei de ir em aniversário de filho, festa de casamento e outras comemorações. Mas, para mim, isso não é martírio e nem sacrifício. Vejo nossa profissão com uma missão em defesa da sociedade e é isso que buscamos fazer todos os dias”, comenta ela. 
O chefe de equipe da Guarda Municipal de São Carlos, Manoel de Oliveira Ordonho Neto, destaca que atua há 20 anos na escala 12 por 36. “Desta vez vou entrar no trabalho às 5h do dia 1 de janeiro. Mas inúmeras vezes trabalhei na virada de ano.

Infelizmente o réveillon vem sendo marcado pelo excesso de bebida alcoólica e, como consequência, acidentes de trânsito e brigas de família, além de festas clandestinas. Infelizmente são datas marcadas por um grande número de ocorrências, a maioria causada pelo álcool e pelas drogas em geral. 


Tenente Perroni: "Já trabalhei nesta data e, infelizmente, muita gente acha que têm autorização para infringir a lei com som alto, perturbação de sossego" - foto - Divulgação


Buscando conter os chamados “rolezinhos”, ou seja, festas clandestinas e “pancadões”, principalmente na periferia da cidade, a Polícia Militar de São Carlos está reforçando a equipe de policiais para manter a ordem na cidade. O tenente Gustavo Perroni explica que a PM atua 24h por dia, durante os 30 dias do mês e os 365 do ano e afirma que trabalhar num réveillon é normal para quem optou pela carreira de policial militar. 
“Já trabalhei nesta data e, infelizmente, muita gente acha que têm autorização para infringir a lei com som alto, perturbação de sossego. Então temos que atuar para garantir a segurança e a tranquilidade da população. São datas complicadas por conta do excesso de consumo de álcool. E temos que estar sempre prontos para dar a resposta em nome da segurança da sociedade”, destaca Perroni. 

Outro policial, o tenente Thiago Alberto Carvalho, destaca que a questão do álcool também gera dois problemas adicionais aos já tradicionais desta época. “Infelizmente muitas famílias se reúnem para confraternizações, mas alguns se desentendem e vira briga. Outro problema sério nesta data também é a questão de agressão de homens contra mulheres, ferindo a Lei Maria da Penha”, fala ele. 
Carvalho comenta que datas de fim de ano são dias atípicos e complicados. “4Nesta data jovens tiram as placas das motocicletas para não ser pegos no radar e acabam infringindo uma série de leis de trânsito. A questão do álcool também amplifica os casos ligados à Lei Maria da Penha. A polícia tem que cuidar de tudo isso. Em São Paulo, capital, chegamos a receber um pedido de uma velhinha que não conseguia trocar o botijão de gás. Então, estamos sempre prontos e dispostos a servir a sociedade e manter a segurança de todos. Esta é a missão dos policiais do 38º Batalhão”, conclui ele.  

 

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