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Prefeitura já vistoriou 64 mil imóveis para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti

04 Mai 2017 - 19h12
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Com o objetivo de manter as ações permanentes de controle, bloqueio e combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti a Prefeitura de São Carlos pelo trabalho dos agentes de Combate a Endemias da Secretaria Municipal de Saúde já visitou neste ano 64.517 imóveis e fez o controle mecânico (entrou na residência e fez a retirada) de 11.973 criadouros.

Por meio de mutirões coordenados pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos já se retirou dos bairros mais de 700 toneladas de entulhos e de recipientes que poderiam se transformar em novos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Para a retirada de materiais e recipientes foram utilizados 89 caminhões. O mutirão integra o Projeto Renova São Carlos e visa à conscientização sobre a manutenção e limpeza da cidade, com a participação de diversas secretarias e principalmente da população com ações de cidadania. Os agentes de combate a endemias, além de fazer a remoção de criadouros, explicam aos moradores sobre a importância da manutenção das ações de limpeza, mesmo depois que o caminhão passa. "Orientamos as pessoas fazer a vistoria no seu quintal e dentro de casa pelo menos uma vez por semana para remover os recipientes com água parada que podem servir de criadouros do mosquito", orienta Denise Scatolini, instrutora da equipe de Combate a Endemias.

 

Fiscalização -Segundo Ana Carolina Formici, responsável pela Seção de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, a Prefeitura também já notificou desde o início desse ano 734 proprietários de terrenos e imóveis para corte de mato alto, execução de calçadas e retirada de entulhos e 402 proprietários receberam auto de infração por descumprimento das notificações.

Balanço - A Secretaria Municipal de Saúde através da Vigilância Epidemiológica (VIGEP) informa que em 2017 das 545 notificações recebidas de casos suspeitos de dengue foram confirmados como positivos 13 casos na cidade. Oito são autóctones (foram contraídos na própria cidade) e cinco são importados (pessoas que contraíram a doença em outros municípios).

A VIGEP apontou também o recebimento de 28 notificações de chikungunya, sendo que 27 casos foram confirmados como negativos e 1 ainda aguarda resultado. Não há caso positivo.

Foram recebidas também, 3 notificações de Zika sendo que, 2 dos casos foram confirmados como negativos, 1 aguarda resultado. Não houve confirmação de caso positivo. Com relação à febre amarela foi confirmado 1 caso positivo importado no mês de fevereiro de um paciente que contraiu a doença durante viagem para o estado de Minas Gerais. O paciente já se curou.

Quando um novo caso suspeito surge os agentes de combate às endemias realizam uma operação bloqueio de criadouros ao redor de 9 quadras da residência ou local onde o caso suspeito foi detectado. No caso de confirmação positiva do suspeito, o bloqueio se expande para 25 quadras.

Índice de Infestação - A Vigilância Epidemiológica divulgou nesta quinta-feira (4), os novos dados sobre os Índices de Breteau (IB) e de Infestação Predial (IP) realizados em São Carlos por meio do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) para Vigilância Entomológica do Aedes na cidade. O primeiro, IB, está avaliado em 1,6, (1,6 focos a cada 100 imóveis) enquanto que o segundo, IP, em 1,3, o que aponta "situação tolerável" ao município. A situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika se dá com índice acima de 3,9 de IP. Para realizar o levantamento foram selecionadas 358 quadras e os agentes entraram e vistoriaram 4.376 imóveis. Durante a visita entre os recipientes móveis encontrados com água parada que continham larvas do mosquito estão: latas, lona, sucata, pneus, depósito de água não elevado e não ligado à rede, vaso de planta na água, prato de vaso, depósito para horticultura (tambores), piscina desmontável, frasco, plástico utilizável, balde, ralo externo, bromélias.  A grande disponibilidade de criadouros artificiais com água limpa e parada como as calhas, lajes, latas, pratos de vasos para as plantas, pneus, vasos de planta na água, frascos, garrafas, piscinas, ralos internos e externos, permite que o Aedes complete o seu ciclo biológico.

A Secretaria Municipal de Saúde orienta que no surgimento de sinais e sintomas como febre, dor de cabeça, ânsia, vômito e manchas vermelhas pela pele as pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima para fazer o exame de sangue (a sorologia) e receber, com orientação médica, a medicação adequada.

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