terça, 08 de outubro de 2024
Saúde pública

Pesquisa em São Carlos avalia nova proposta de tratamento para o mau odor axilar

Parceria entre UFSCar, Unicamp e startup vai mapear a microbiota axilar e propor uso de produto natural

08 Out 2024 - 07h02Por Assessoria de Imprensa
Avaliação e teste dos voluntários são gratuitos - Crédito: PixabayAvaliação e teste dos voluntários são gratuitos - Crédito: Pixabay

Uma pesquisa realizada pela parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Unicamp e a startup "Chic é ter saúde", desenvolve uma pesquisa na área de Biotecnologia para tratar a bromidrose, condição caracterizada pelo mau odor axilar. O projeto propõe o mapeamento da microbiota axilar e uso de produto natural para combater o problema, visto que os métodos atuais para tratar a bromidrose utilizam produtos agressivos à pele e que nem sempre resolvem o problema. O grupo convida voluntários para análise e testes gratuitos.

A pesquisa tem participação dos professores da UFSCar Maristela Adler, do Departamento de Medicina, e Anderson Ferreira da Cunha, do Departamento de Genética e Evolução, e está sendo realizada por Carla Peres de Paula, mestre e doutora em Biotecnologia pela UFSCar e pesquisadora da startup "Chic é ter saúde". O projeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), por meio do programa de Pesquisa Inovativas em Pequenas Empresas (PIPE).

A bromidrose é uma condição que afeta, ao menos, 3% dos brasileiros e se configura como uma sudorese corporal acompanhada de suor desagradável, que, embora não seja grave, causa desagrado e prejuízo à qualidade de vida dos indivíduos. As causas da bromidrose são várias e podem ser de origem genética, maus hábitos de higiene, alimentação ou outras condições de saúde adjacentes. O diagnóstico dessa condição é difícil e, de acordo com os pesquisadores, a incidência do problema pode ser subestimada.

O objetivo geral da pesquisa é o desenvolvimento e teste de um produto natural para o tratamento de bromidrose e um serviço diagnóstico para essa condição a partir da análise da microbiota axilar. "A principal diferença entre o tratamento proposto e o atual é que ele atuaria para rebalancear a microbiota de forma natural e não abrasiva para a pele, diferente dos tratamentos atuais que são mais agressivos, e que podem gerar alergias e sensibilidades", explica Carla de Paula.

O estudo fará o mapeamento da microbiota axilar para elaborar um laudo que será a base para o diagnóstico molecular de bromidrose, e servirá como ferramenta chave para aconselhamento e tratamento personalizado e mais assertivo do consumidor brasileiro. Paralelamente, o estudo fará um teste de produto probiótico cuja finalidade é reestabelecer a microbiota da axila a partir de um método de tratamento/controle, baseado em um produto natural, que não prejudica a pele e não é invasivo. A expectativa é que o estudo possa contribuir para a elaboração de "um novo produto, mais natural, que auxilie pessoas do Brasil e do mundo afetadas pela bromidrose, e que não obtiveram melhora com os tratamentos atualmente disponíveis", expõe a pesquisadora.

Voluntários

Para realizar a pesquisa, são convidados 40 voluntários, entre 20 e 40 anos de idade - sendo 20 saudáveis e 20 com bromidrose - para participar do estudo. Os participantes devem preencher este formulário online (https://bit.ly/4ex2sIj) e as pessoas que se enquadrarem nos parâmetros necessários passarão em consulta na USE, com a professora Maristela Adler, que é dermatologista. A partir disso, os participantes farão a coleta do material axilar e utilizarão o produto probiótico durante 1 mês. A segunda etapa da pesquisa consiste em uma nova consulta e coleta, após um mês, para fins de comparação.

As pessoas interessadas em participar do estudo devem preencher o formulário até o dia 10 de novembro. Mais informações pelo telefone/whatsapp (16) 99383-4661.

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