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quarta, 11 de dezembro de 2024
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"Minha filha não merecia isso", diz mãe de jovem trans morta na capital

Corpo de Naia Victoria será sepultado nesta quinta-feira em São Carlos.

24 Out 2024 - 08h37Por Da redação
Naira Victoria foi morta em São Paulo - Crédito: arquivo pessoalNaira Victoria foi morta em São Paulo - Crédito: arquivo pessoal

A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato brutal de Naira Victoria, uma jovem transexual de 27 anos, cujo corpo foi encontrado no último domingo (22) na capital paulista. O corpo de Naira será sepultado nesta quinta-feira, no cemitério Nossa Senhora do Carmo, em São Carlos. 

Em uma entrevista ao São Carlos Agora, a mãe de Naira, Rosa Maria, compartilhou a dor e a indignação com o crime. "Minha filha desapareceu e, na segunda-feira, fizemos um boletim de ocorrência. Na terça, me ligaram de São Paulo dizendo que minha filha tinha sido encontrada morta e esfaqueada", contou emocionada.

Rosa viajou até a capital paulista para reconhecer o corpo da filha e ficou devastada com o que encontrou. "Foi um crime bárbaro. Mataram minha filha pelo simples fato de ser uma mulher trans. Ela foi morta de forma cruel, com facadas, olhos machucados, e marcas de enforcamento. Ela sofreu durante os dois ou três dias que esteve viva antes de morrer", desabafou a mãe.

Devido ao estado avançado de decomposição do corpo, Naira será enterrada nesta quinta-feira (24) em São Carlos, sem velório. "Eu vou ter cinco minutos para chorar pela minha filha antes de enterrá-la, porque ela já estava em decomposição", lamentou Rosa.

Ainda segundo a mãe, Naira sempre enfrentou dificuldades pela sua identidade. "Ela lutava pelos direitos dela, sempre enfrentando o preconceito. E agora isso. Minha filha não merecia isso", disse Rosa, prometendo lutar por justiça. "A morte da minha filha não vai ser em vão. Vou brigar por ela e por todas as pessoas trans."

A Polícia Civil segue investigando o caso, e grupos de defesa dos direitos humanos expressaram solidariedade à família, pedindo mais proteção e justiça para a comunidade LGBTQIA+.

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